A paralisação de 24 horas dos funcionários do Banco do Brasil (BB), nesta terça-feira (30), fechou as 45 agências em Curitiba e região metropolitana, segundo balanço parcial do sindicato que representa a categoria. A Central de Atendimento de São José dos Pinhais, o Centro de Suporte Operacional (CSO) e o Centro de Suporte em Logística (CSL), na Praça Tiradentes, também não abriram hoje. Já os terminais de autoatendimento funcionam normalmente. Ainda não há informações sobre a adesão em Toledo e Paranavaí, outras cidades paranaense onde ocorrem ações.
Conforme informou a Federação dos Bancários do Paraná, a maioria dos municípios do Estado não paralisou suas atividades. Em Londrina, Apucarana, Arapoti, Campo Mourão, Cornélio Procópio, Guarapuava e Umuarama, por exemplo, acontecem apenas protestos localizados.
O objetivo do movimento é pressionar o banco a retomar as negociações sobre o novo Plano de Funções Gratificadas e de Confiança. Segundo os profissionais, a medida reduz as gratificações de funções em até 80% e elimina a percepção da conquista da carreira de mérito. De acordo com o secretário de comunicação do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região, André Machado, o BB implantou o plano de maneira "unilateral", sem reuniões com o movimento sindical. "Ele (o plano) traz retirada de direitos. E nós não aceitamos isso. A greve de hoje é também por conta do assédio moral, das pressões nas unidades, que se tornaram frequentes. A gente exige que haja negociação" afirmou.
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Segundo Machado, o BB possui cerca de 8.500 funcionários no Paraná, dos quais 50% estão locados na capital. Como quarta-feira (1º) é feriado, o funcionamento das agências volta ao normal na quinta-feira (2) em todo o Estado.
Outro lado - A empresa argumenta que o plano de funções não representa a redução nos salários dos trabalhadores, mas sim no número de "horas trabalhadas a serem pagas". Em nota, o BB informou que haverá um aumento de 12% no valor da hora trabalhada, o que não desvalorizaria o salário. A adesão ao plano seria voluntária.
Alternativas - O Procon-PR orienta que, durante a mobilização, nenhum prejuízo pode ser imposto ao consumidor. De acordo com o órgão, os usuários que tiverem qualquer problema devem formalizar uma reclamação. O Procon-PR lembra ainda que existem opções para realização de algumas transações. Pagamentos, por exemplo, podem ser feitos pela internet, em lotéricas, farmácias ou mercados.