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Crescimento ruim

Paraná bate recorde em acidentes de trabalho

Andréa Bertoldi/Equipe Folha
11 jun 2010 às 08:39

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O número de acidentes de trabalho no Paraná teve um aumento de 52% entre 2006 e 2008 e passou de 37.574 para 57.057. Um dos motivos da elevação do número de acidentes é uma mudança no sistema de apuração dos dados que começou a levar em conta outros acidentes além dos notificados pelas empresas. Paralelamente a isso, o número de acidentes tem crescido, fruto da retomada da economia e da redução da fiscalização das condições de trabalho.

Os números estão sendo apresentados na 13ª Feira de Saúde, Segurança do Trabalho e Emergência, que se encerra hoje em Curitiba. De acordo com Alexandre Gusmão, editor do Anuário Brasileiro de Proteção e coordenador do evento, economia em crescimento eleva a probabilidade de acidentes, pois entra no mercado de trabalho uma quantidade maior de profissionais despreparados e sem conhecimento sobre os riscos ocupacionais. No Paraná, os acidentes vêm crescendo desde 2001, quando foram registrados 23.231 acidentes.

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Na indústria de transformação do Estado 130.997 trabalhadores foram vítimas de acidentes de trabalho entre 2000 e 2008, segundo informações da Previdência Social. O setor é o maior causador de acidentes, mas é também o que mais emprega. Em 2008, atuavam na área 576.695 funcionários, ano no qual foram registrados 23.876 acidentes de trabalho. Entre 1990 e 2008 morreram em acidentes de trabalho no Paraná 5.229 trabalhadores e ocorreram 647.355 acidentes de trabalho.

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Apesar dos acidentes típicos de trabalho serem lesões com corte, quedas e mutilações, atualmente, tem sido muito mais comuns as doenças como LER/DORT, o estresse, a depressão e o câncer ocupacional.

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Para facilitar a identificação das doenças relacionadas ao trabalho, a Previdência Social criou um estudo epidemiológico que associa profissão com doença. É um banco de dados que mostra que algumas doenças estão ligadas a algumas profissões. Com isso, as empresas vão ter que provar e documentar que fazem a prevenção, disse Gusmão. Hoje, de 1,5% a 6% aplicados sobre a folha de pagamento vão para o seguro de acidente de trabalho. Quando mais risco a empresa apresenta, mais elevado é o percentual.


Produtos expostos

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Os novos produtos que estão no mercado para segurança e prevenção são mais confortáveis, leves e com design mais avançado. Gusmão lembra que os equipamentos de proteção individual (EPI) antes eram incômodos, pesados e desconfortáveis.


Hoje, já existem protetores auriculares de silicone, óculos de proteção mais leves e com design diferenciado e palmilhas antibacterianas para calçados de trabalho. Em locais com mais de mil funcionários, a legislação também exige que tenham desfibriladores, utilizados para restabelecer os batimentos cardíacos. O equipamento está à venda na feira.

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A feira ainda apresenta instrumentos para medir ruídos ou gases. Estes últimos podem evitar mortes em locais confinados com possibilidade de falta de oxigênio como bueiros de rua, no setor de mineração e em silos.


O evento é voltado para médicos, técnicos e engenheiros de segurança no trabalho, além de pessoas que trabalham com situações de emergência. Uma das simulações realizadas ontem à tarde foi o transbordo de material inflamável depois de ter colidido com um carro.

A feira conta com 60 expositores de produtos, serviços e tecnologias, sendo 20 do Paraná. A previsão é receber um total de 10 mil visitantes.


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