O consumo de energia elétrica no Paraná cresceu 5,9% em 2010, comparativamente ao ano anterior. Durante o ano que passou, o mercado fio da Copel – que compreende os consumidores cativos, outras concessionárias e os chamados consumidores livres – totalizou consumo de 25.083 GWh (gigawatts-horas), contra um total de 23.695 GWh utilizados ao longo de 2009. A diferença entre esses valores equivale ao que consome anualmente uma cidade como Londrina, o segundo maior centro urbano do Estado, onde a Copel atende a 200 mil ligações elétricas.
Esse crescimento nos níveis de consumo de eletricidade não surpreendeu a direção da Companhia, que já esperava por números dessa ordem em razão do bom desempenho da economia brasileira – e paranaense, mais especificamente – no ano passado. "As medidas de estímulo ao crédito e ao consumo adotadas pelo Governo Federal apontavam para uma expressiva elevação no consumo de energia, pois manteve aquecidas as atividades de todos os setores da economia", avalia o presidente da Copel, Lindolfo Zimmer.
Ele também não vislumbra nenhuma dificuldade em termos de suprimento ao mercado de energia elétrica no caso de o consumo continuar crescendo a esse ritmo. "A expansão do setor elétrico brasileiro, especialmente nas áreas de geração e transmissão de energia, tem acompanhado o planejamento feito pela Empresa de Pesquisa Energética e, a seguir dessa forma, o Brasil não deverá enfrentar problemas de oferta de eletricidade para o consumo".
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Com respeito ao Paraná, Zimmer é ainda mais enfático. "Temos um programa de investimentos da ordem de R$ 2 bilhões para este ano, que em sua maior parte será destinado a expandir e reforçar o nosso sistema elétrico, melhorar a qualidade dos serviços prestados aos consumidores e oferecer totais condições para que novos empreendimentos produtivos venham a se instalar no Paraná".
MERCADO CATIVO - Considerados unicamente os 3 milhões 759 mil consumidores cativos atendidos pela Copel na sua área de concessão, que alcança 393 dos 399 municípios paranaenses e mais Porto União, em Santa Catarina, a utilização de energia elétrica em 2010 foi 5,2% maior que a verificada no ano anterior.
O maior percentual de expansão foi registrado no segmento comercial, onde a elevação atingiu 6,3%. Esta categoria representa 21% do mercado cativo da Copel e é formada por 309 mil unidades consumidoras. Logo atrás vêm as indústrias, cujo consumo em 2010 superou em 5,8% a marca apurada em 2009. Os setores onde a utilização de energia elétrica mais subiu foram os de alimentos, veículos automotores e máquinas e equipamentos. O segmento industrial, que congrega 69.198 unidades consumidoras, corresponde a 33% do mercado cativo atendido pela Copel.
O consumo de energia elétrica no meio rural também registrou expressivo crescimento, de 5,6%, consequência da expansão do número de domicílios ligados e do aquecimento da economia. Nesta classe de consumo, que significa 8,3% do mercado cativo da Copel, existem 366 mil ligações elétricas atendidas.
Na classe residencial, a mais representativa em número de ligações com 2 milhões 965 mil domicílios, a variação do consumo ficou em 4,6%, basicamente em consequência do acréscimo de aparelhos eletrodomésticos nas moradias e do crescimento do número de unidades consumidoras. Das 131 mil novas ligações realizadas pela Copel durante o ano em todo o Estado, 105 mil eram unidades residenciais.