O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgou ontem os dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) que traça o comportamento do emprego formal e dos salários médios no Brasil e nos Estados entre os anos de 2008 e 2009. A pesquisa é realizada pelo Ministério do Trabalho e Emprego e engloba os trabalhadores celetistas e estatutários. No Brasil, o nível de emprego teve um crescimento de 4,48% com a geração de 1,765 milhões de empregos. No Paraná, houve um acréscimo de 5,35% com a criação de 133.862 vagas. Mas quando o assunto é reajuste de salários o Estado ficou na 23 posição.
Dezenove dos 27 Estados brasileiros tiveram aumentos superiores ao Brasil, sendo que os principais resultados em termos relativos foram em Roraima (43,47%), Rondônia (13,08%) e Ceará (9,40%) com a geração de 22.353, 34.352 e 106.262 empregos respectivamente. Já em termos absolutos, os maiores aumentos foram verificados em São Paulo (365.968 vagas), Minas Gerais (166.656) e Rio de Janeiro (138.876).
Os Estados que ocorreram os piores resultados em termos relativos foram Amazonas (-0,11%), Pará (2,97%) e São Paulo (3,12%). O Paraná teve o melhor resultado da Região Sul, e entre as 27 unidades da Federação ficou na 14 posição em termos relativos e na 5 posição em termos absolutos.
Leia mais:
Um terço das famílias brasileiras sobreviveu com renda de até R$ 500 por mês em 2021, mostra FGV
Taxa de desemprego no Brasil cai para 9,8%, segundo IBGE
Termina nesta terça o prazo para entrega da declaração do Imposto de Renda
Número de inadimplentes de Londrina cai 14% em abril, segundo dados do SPC
O salário médio no mês de dezembro de 2008 e 2009 teve um aumento no Brasil de 6,89%, passando de R$ 1.436,70 para R$ 1.535,74, com um aumento real de 2,67%, já descontada a inflação.
Dos 27 Estados, 20 apresentaram aumentos salariais superiores à média nacional (6,89%) sendo que os maiores acréscimos ocorreram em Roraima, Paraíba e no Maranhão, com variação positiva de 15,68%, 12,78% e 11,97%, respectivamente. Os piores resultados ocorreram no Amazonas, Acre e no Distrito Federal com variações de 2,13%, 3,98% e 5,42%, respectivamente.
O Paraná ficou entre os Estados com aumentos inferiores à média nacional, com um acréscimo de 5,74% no salário médio em dezembro, passando de R$ 1.306,99 para R$ 1.382,05, aumento real de 1,57% e ficou na 23 posição entre os estados brasileiros.
Setores
Em 2009, o setor que mais empregou foi o de serviços com 29,55% do total (779.480 empregos), seguido pela indústria com 23,51% (620.249) com destaque para os setores da indústria de alimentos e bebidas e álcool (7,17%), indústria têxtil e do vestuário (3,23%) e a indústria de madeira e mobiliário (2,78%) e pelo setor do comércio com 20,80% (548.637 empregos), com destaque para o comércio varejista (17,50%).
O maior crescimento percentual ocorreu na construção civil (15,29%), seguida pela administração pública (12,57%), comércio (4,55%) e o setor de serviços (4,34%). Os piores desempenhos ocorreram nos setores da agropecuária (1,17%), extrativa mineral (1,87%) e na indústria (1,88%).
Ao considerar o resultado em termos absolutos, os melhores resultados ocorreram nos setores de administração pública (49.317 vagas), seguido por serviços (32.430), comércio (23.989), construção civil (14.865) e a indústria (11.447).