Depois de 126 dias de vigência, termina à zero hora deste domingo (17) mais uma edição do horário brasileiro de verão, quando devem ser atrasados em 1 hora os relógios de dez estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, além do Distrito Federal.
Adotado regularmente no Brasil desde 1985 – a primeira vez foi em 1931 – o horário de verão contribui para a redução da demanda por energia entre 18 e 21 horas, período do dia em que o consumo simultâneo de eletricidade pela população atinge seu pico, o chamado horário de ponta. Esse efeito é possível devido ao aproveitamento da maior luminosidade natural existente nos dias de verão: quanto mais ao Sul do país, mais longos são os dias e mais curtas as noites. Como conseqüência, boa parte do consumo de eletricidade acaba deslocada para antes ou depois do horário considerado crítico.
No Paraná, levantamentos preliminares da Copel confirmam uma redução da ordem de 5,5% na demanda por energia elétrica durante o horário de ponta. "O alívio na operação do sistema paranaense corresponde à desativação temporária de uma carga próxima de 220 megawatts", informa Christina Courtouke, engenheira do Centro de Operação do Sistema Elétrico da empresa. "Isso equivale à potência demandada no horário de ponta por uma cidade como Londrina", compara.
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Ela lembra, ainda, que a adoção do horário de verão também proporciona uma pequena economia nos níveis de consumo de energia elétrica – da ordem de 0,5% – que decorre, basicamente, do menor tempo de uso de lâmpadas, já que a luminosidade natural é mais bem aproveitada.
Além de diminuir o risco de sobrecargas em usinas, linhas de transmissão e subestações, o horário de verão também reduz a necessidade e intensidade de acionamento de termelétricas movidas a carvão ou óleo combustível. Essas usinas, cujo custo de produção é mais elevado que o das hidrelétricas, usualmente são acionadas durante algumas horas para complementar a necessidade do mercado no período do pico de consumo.