O aumento do preço dos combustíveis no Paraná, considerado abusivo pelo Procon-PR, gerou um manifesto, criado em redes sociais, de motoristas descontentes com o aumento médio de R$ 0,50 nos valores da gasolina e R$ 0,20 no etanol.
O objetivo do protesto, que contava com cerca de 1.300 adesões pelas redes; mas foi acompanhado por aproximadamente 100 veículos, foi de abastecer nos postos da cidade entre R$ 0,50 e R$ 1,00 (suficientes para 400 ml de gasolina) e exigir a nota fiscal. A manifestação aconteceu um dia após o Procon e o Ministério Público do Paraná multarem o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis do Paraná (Sindicombustíveis) em R$ 1,7 milhão por considerarem que o aumento foi abusivo.
Na opinião de Leandro Faquim, um dos organizadores do protesto, essa manifestação foi uma forma de mostrar o descontentamento dos motoristas com relação ao reajuste. "O que temos pedido para as pessoas é para que mantenham a tranquilidade, não provocar nada para não perder nosso direito", afirmou.
Leia mais:
Um terço das famílias brasileiras sobreviveu com renda de até R$ 500 por mês em 2021, mostra FGV
Taxa de desemprego no Brasil cai para 9,8%, segundo IBGE
Termina nesta terça o prazo para entrega da declaração do Imposto de Renda
Número de inadimplentes de Londrina cai 14% em abril, segundo dados do SPC
Os carros abasteceram e os motoristas pagaram com cartões de créditos para que os impostos pagos pelos postos fossem maiores. "Estamos fazendo o nosso direito de protestar contra esse aumento abusivo e eles não podem se recusar a nos atender", disse em entrevista à Rádio Banda B.
A manifestação, intitulada de "Protesto contra o aumento abusivo do Combustível em Curitiba - Na mesma moeda" começou no final da tarde na região do bairro Alto da XV, mas se espalhou pela cidade. Alguns donos dos postos chegaram a pedir reforço de policiais sob o temor de vandalismo.
Segundo a coordenadora do Procon, Claudia Silvano, houve "oportunismo". "Qual o motivo para aumentar o preço, e por que não esperar até segunda-feira?", questiona. Já o presidente do Sindicombustíveis, Roberto Fregonese afirmou que não há possibilidade de controle sobre os postos. "Há muitas redes e se alguma delas reajusta, para cima ou para baixo, há uma movimentação que reflete em tudo", disse.
Em Curitiba, a maioria dos postos reajustou o valor da gasolina em R$ 0,50, passando de R$ 2,39 para R$ 2,89.