Com as negociações de reajuste salarial emperradas, aeronautas e aeroviários ameaçam cruzar os braços no dia 22 de dezembro. Os sindicatos que representam pilotos, comissários e equipes de solo defendem 10% de aumento salarial e 14% sobre os pisos, porém as companhias aéreas oferecem 3% de reajuste sobre os salários e aumento igual ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) sobre os pisos (cerca de 6%).
Em nota, a Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil (Fentac), ligada à Central Única dos Trabalhadores (CUT) diz que a pauta de reivindicações foi entregue antes do prazo estabelecido para antecipar as negociações e acusa as empresas aéreas de intransigentes.
"É essa intransigência que está levando à greve. Não é o que nós queríamos, mas precisamos renovar a convenção e não podemos aceitar esse índice, que prejudica demais os aeronautas e aeroviários", diz, em nota, o presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Gelson Fochesato.
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De acordo com a Fentac, apesar de aprovado o indicativo de greve, caso as negociações avancem antes do dia 22, as categorias realizarão novas assembleias para avaliar a proposta. Uma nova reunião entre negociadores das companhias aéreas e dos trabalhadores deve acontecer ainda esta semana, informou o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea).