O presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (PDT-SP), pediu hoje ao ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Luiz Dulci, que o governo não vete proposta de autoria dele de reajuste das aposentadorias. Pela regra atual, definida por medida provisória que tramita na Câmara, as aposentadorias com valores acima de um salário mínimo seriam corrigidas pela variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), mais 50% do Produto Interno Bruto (PIB). Pela proposta de Paulinho, esse porcentual subiria para 80%.
"Estamos tentando sensibilizar o governo para que isso não seja vetado", afirmou Paulinho, acompanhado de outros sindicalistas. Segundo ele, a proposta corresponderia a um reajuste de 7,92% neste ano, em vez dos 6,14% concedidos. "Esse é o impasse. Os deputados da base (governista) gostariam de apoiar essa emenda que fizemos e nós estamos tentando sensibilizar o governo para que não vete", afirmou.
De acordo com Paulinho, o impacto será de R$ 1 bilhão a R$ 1,2 bilhão ao ano. "Achamos que num ano em que o Brasil está crescendo 5%, (o governo) pode dar um reajuste aos aposentados", disse. Paulinho defende ainda a manutenção de uma mesa de negociação dos valores do salário mínimo de 2011, já que o PIB de 2009, que será utilizado para o reajuste, é praticamente zero.
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Dulci não assumiu, porém, nenhum compromisso. "Mas não imaginávamos sair com alguma coisa, porque se fizéssemos um acordo aqui teríamos problema no Congresso. Aqui é simplesmente trabalhar a ideia para que o governo adote", afirmou Paulinho.