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257 milhões de celulares

Pela primeira vez, número de celulares ativos diminui no Brasil

Agência Brasil
24 nov 2015 às 19:46

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- Reprodução
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Estudo divulgado pelo Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil) mostra que, pela primeira vez, houve diminuição do número de linhas de celulares ativas no Brasil. Essa tendência era esperada, mas de forma mais lenta e só daqui a dois ou três anos, informou o presidente da entidade, Eduardo Levy. Os 275 milhões de celulares ativos em setembro de 2015 representam uma queda de 1% ao longo do ano.

Boa parte da queda é atribuída à diminuição do número de celulares com chips pré-pagos, segmento que teve redução de 4,5%. O percentual corresponde a uma queda de 10 milhões de chips. No mesmo período, os celulares pós-pagos apresentaram leve aumento, de 0,3%. Segundo Levy, isso se explica, em parte, pela crise econômica e pelo uso de aplicativos que possibilitam a comunicação por texto, serviço que consome dados de internet – e não minutos de telefonia móvel.

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O presidente da Teleco, consultora responsável pela pesquisa encomendada pelo SindiTelebrasil, Eduardo Tude, disse que a comunicação por aplicativos de mensagens como WhatsApp ajudaram a reduzir principalmente o número de chamadas entre diferentes operadoras, tipo de ligação telefônica que custa mais caro.

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As próprias operadoras têm desconectado chips que não têm sido usados, como forma de diminuir os gastos com o Fistel, tributo cobrado anualmente pelos chips ativos. "Isso leva a uma tendência de as empresas seguirem os regulamentos que possibilitam a desconexão", afirmou Levy. Ele disse que essa tendência de queda poderia ser revertida caso o governo desonerasse tributos incidentes na comunicação máquina a máquina (M2M). Caso contrário, a queda do número de chips ativos se manterá também nos próximos anos.

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De acordo com levantamento feito pelo SindiTelebrasil, entidade que representa as grandes empresas do setor de telecomunicações, no Brasil, o custo do minuto para ligações de celular (US$ 0,043) é o quarto mais baixo do mundo, atrás apenas dos da China e da Rússia, onde paga-se US$ 0,02 por minuto de ligação, e da Índia, onde o preço do minuto é US$ 0,03. Os valores consideram os impostos incidentes sobre os serviços oferecidos em 18 países pesquisados, nos quais vivem 55% da população mundial.


O estudo é apresentado em contrapartida ao divulgado anualmente pela União Internacional de Telecomunicações (UIT), que tem apontado o serviço de telecomunicações brasileiros como um dos mais caros do mundo. Pelo último levantamento da UIT, o minuto do celular custaria US$ 0,55 no Brasil, valor que, segundo Eduardo Levy, não condiz com a realidade do país. "Se considerarmos que o brasileiro fala em média 117 minutos por mês, ele pagaria R$ 244 mensais. Isso não procede", disse o representante das operadoras.

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Levy argumenta que a metodologia utilizada pela UIT é falha por utilizar planos homologados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que são uma espécie de preço máximo do minuto da telefonia móvel, e não os valores efetivamente praticados no mercado brasileiro. "A própria Anatel entregou à UIT, em outubro, um documento com propostas de aperfeiçoamento da metodologia de avaliação de preços, a fim de melhor refletir os preços praticados", informou Levy.


Para chegar à conclusão de que os serviços são baratos no Brasil, o levantamento do SindiTelebrasil adotou como referência uma cesta que abrange planos de serviços e tráfego de dados assemelhados ao perfil do usuário brasileiro, com 100 minutos de ligações – das quais 90% são destinados a celulares da mesma prestadora, 5% para celulares de outras prestadoras e 5% para telefones fixos.

Conforme o levantamento do SindiTelebrasil, a banda larga móvel pré-paga brasileira também está entre as mais baratas do mundo, ao custo de US$ 6 nos planos de entrada – atrás apenas da Índia, onde o valor pago pelo mesmo serviço é US$ 3,90, da Rússia (US$ 5,30) e da Espanha (US$5,60). Segundo o SindiTelebrasil, no Brasil, os preços poderiam ser ainda menores, caso o país não fosse o de maior carga tributária entre os países pesquisados. De acordo com a entidade, a tributação aplicada no Brasil (43%) é bem superior à do segundo colocado, a Argentina, com tributação de 26%.


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