O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) avançou 3% em novembro na comparação com outubro, para 74,4 pontos, considerando os dados ajustados sazonalmente. Em outubro, o ICD havia subido 0,1%. Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), a tendência observada nos meses anteriores permanece e reflete a contínua piora da percepção do consumidor sobre as possibilidades de se conseguir emprego.
"Os resultados de novembro confirmam a desaceleração do mercado de trabalho doméstico na visão das famílias. A variação acumulada em três meses é negativa para todas as faixas de renda analisadas desde agosto de 2014, mostrando que a situação atual do emprego é bem menos favorável hoje", destacou o economista Fernando de Holanda Barbosa Filho, pesquisador da FGV, em nota oficial.
A instituição ressaltou ainda que as classes que mais contribuíram para o resultado do ICD em novembro foram as das famílias com renda mensal entre R$ 2,1 mil e R$ 4,8 mil, cujo Indicador de Emprego (invertido) subiu 5,9%, e a dos consumidores que possuem renda familiar acima de R$ 9,6 mil, em que houve alta de 4,1%.
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O ICD é construído a partir dos dados desagregados, em quatro classes de renda familiar, da pergunta da Sondagem do Consumidor que procura captar a percepção sobre a situação presente do mercado de trabalho.