As estimativas de baixas contábeis relacionadas a financiamentos e títulos (securities) no sistema bancário nos mercados emergentes, incluindo subsidiárias de bancos estrangeiros, poderiam alcançar US$ 800 bilhões ou cerca de 7% dos ativos, prevê o Fundo Monetário Internacional (FMI). Alguns países possuem formas de absorver baixas contábeis nessa escala, mas diversos bancos nos mercados emergentes, principalmente na Europa, vão precisar levantar capital novo totalizando, possivelmente, US$ 300 bilhões, diz o FMI, esclarecendo que esse número exclui a China.
No Relatório de Estabilidade Financeira Global (GFSR, na sigla em inglês), divulgado hoje, entre as projeções citadas está a estimativa de que a necessidade de refinanciamento e amortização pelos mercados emergentes ficará em US$ 1,8 trilhão em 2009 e subirá para US$ 2 trilhões até 2012, sendo que a maior parte dos montantes é relativo ao setor corporativo.
Outro alerta feito pelo Fundo está ligado à previsão de saída de fluxo de portfólio (cross-borders) em cerca de 1% do PIB dos mercados emergentes "ao longo dos próximos anos". De acordo com o documento, "o resgate (feito) pelos investidores estrangeiros, junto com o colapso nas exportações, cria pressões de financiamento nas economias emergentes que exige atenção urgente".