O consumidor brasileiro em 21 cidades de 15 estados ganha uma ferramenta valiosa para ajudá-lo a detectar onde estão os supermercados com os melhores preços: o simulador que a Associação de Consumidores - Proteste - disponibiliza em seu site www.proteste.org.br .
A melhor compra de supermercado nem sempre leva em conta apenas o menor preço. Depende do perfil do consumidor, por isso a Proteste ajuda a montar a cesta personalizada.
No sexto ano da pesquisa, Brasília continua com a cesta mais cara, apesar de terem sido incluídas mais capitais no levantamento: Ceará, Maranhão, Paraíba, Rio Grande do Norte, Espírito Santo (com Vitória e Vila Velha) e Goiás. E já eram pesquisadas em anos anteriores: Belo Horizonte; Brasília; Porto Alegre; Curitiba; Florianópolis; Rio de Janeiro; Niterói; Salvador; Olinda; Jaboatão dos Guararapes; Recife; São Paulo; Guarulhos e Campinas.
Leia mais:
Um terço das famílias brasileiras sobreviveu com renda de até R$ 500 por mês em 2021, mostra FGV
Taxa de desemprego no Brasil cai para 9,8%, segundo IBGE
Termina nesta terça o prazo para entrega da declaração do Imposto de Renda
Número de inadimplentes de Londrina cai 14% em abril, segundo dados do SPC
A Cesta 1, a mais completa da pesquisa com 104 itens, no Distrito Federal é 19% mais cara que em Pernambuco, onde foi encontrada a mais barata. E a Cesta 2, para o consumidor que não faz questão de marca e procura os melhores preços também estava 18% mais cara no Distrito Federal que no Ceará, onde se encontrou o menor preço.
O estudo comparativo leva em conta o local mais barato de cada cidade e, a partir desse referencial, quanto por cento os demais cobram. A variação de preços numa mesma cidade dependendo do ponto de venda é muito grande, até para supermercados de uma mesma rede. Por isso pode ser de grande ajuda simular a cesta em vários estabelecimentos antes de sair para a compra.
A pesquisa completa no site da Proteste tem algumas áreas restritas a associados. O objetivo do estudo é mostrar por região da cidade onde é possível fazer grandes economias, ao final de um ano, escolhendo o lugar certo para a compra, conforme o perfil de consumo.
Evitar fazer a compra do mês em lojas de conveniência ajuda a economizar. No Rio de Janeiro, por exemplo, optando por comprar os produtos mais baratos independente da marca, no Atacadão da Av. Vicente de Carvalho, ao invés da loja de conveniência AM PM – Ipiranga da Rua das Laranjeiras, o consumidor carioca pode economizar até R$3.430 no ano. Já o paulista pode economizar até R$ 3.410 anual optando por fazer suas compras de mês no Dia da Av. Prof. Francisco Morato, no lugar do Oxan da Av. Rio das Pedras.
Para a pesquisa no simulador o consumidor pode montar a cesta 1 composta por produtos perecíveis, de mercearia, higiene e limpeza de marcas líderes de venda, ou verificar o custo, para os mesmos produtos sem marca definida em que são apontados os que têm preços menores.Conforme o perfil de consumo e a região onde mora, o consumidor poderá pesquisar onde pode economizar mais em sua compra.
Melhores ofertas
Na comparação entre as lojas mais baratas para a cesta 1, com produtos de marcas definidas, das 21 cidades pesquisadas, constatou-se as melhores ofertas de preços em:
Belo Horizonte – Supermercado BH (Liberdade, Jardim América e Carlos Prates);
Brasília – Atacadão (Asa Norte), Super Veneza (Cruzeiro Novo), e Carrefour (Guará);
Campinas – Atacadão (Jardim Santa Genebra), Covabra (Vila Nova) e Carrefour Bairro (Nova Campinas);
Curitiba – Condor (Bigorrilho,e do Bom Retiro) e Mercadorama (Tarumã);
Florianópolis – Big (Capoeiras), Imperatriz (Saco dos Limões e Fátima);
Fortaleza – Atacadão (Aeroporto), Assai (Cambeba) e Carrefour (Joaquim Távora);
Goiânia – Atacadão – (Conj. Vera Cruz), Bretas (Vila Legionários) e Peg e Pag - Vila São Francisco;
Guarulhos – Atacadão (Bela Vista), Esperança (Centro) e Assai (Gopouva);
Jaboatão dos Guararapes – Atacadão (Cajueiro Seco), Batalha (Jardim Jordão) e Leve Mais (Candeias);
João Pessoa – Bemais (Cruz das Armas), Bom a Bessa (Aeroclube) e São João (Centro);
Niterói – Guanabara (Centro), Extra (São Lourenço) e Prezunic (Fonseca);
Porto Alegre – Big (Sarandi), Cavalhada (Camaquã), e Bom (Espírito Santo);
Recife – Makro (Curado), Hiper Bom Preço (Areias) e Lamenha (Ipsep);
Rio de Janeiro - Atacadão (Vicente de Carvalho), Mundial (Barra da Tijuca e da Tijuca);
Salvador – Atakarejo (Parque Bela Vista), Mercantil Rodrigues (Água de Meninos) e Centro Sul (Liberdade);
São Luis – Mateus (Bequimão), Mateus (de Anil e Turu);
São Paulo – Dia (de Pinheiros, de Sapopemba, e do Ipiranga);
Natal – Atacadão (Igapó e Candelária) e Avelino – Potengi;
Olinda – Atacadão (Varadouro), Todo Dia (Caixa D’água) e Extra Bom (Bairro Novo);
Vila Velha – Atacadão ( N. S. da Penha), Epa (Paul ) e Poleto (Vila Garrido);
Vitória – Perim (Mata da Praia), Carone (Jardim da Penha) e Epa (Nazaré);
Maiores diferenças de preços
Comparar preços sempre é essencial frente às grandes diferenças detectadas pela pesquisa. A variação de preços para um mesmo produto pode chegar a 200%. Por exemplo, foi encontrada uma variação de 199% no preço do biscoito Maisena Marilan 200g em Salvador. Mesma variação encontrada em Natal para o sabão em pó Omo Multiação caixa de 1 quilo. E na Paraíba houve variação de 197% para o desengordurante Veja Multiuso 500ml.
É evidente que, em municípios com milhões de habitantes, e distâncias imensas, às vezes não há como se deslocar até o local em que o preço seja o mais baixo. Mas, mesmo assim, talvez rodar um pouco mais valha a pena. Ou até comprar pela Internet.
Metodologia
A pesquisa foi feita, em março deste ano, com 104 produtos alimentícios, de higiene, hortigranjeiros e de limpeza (para a cesta 1), em 1.054 pontos de venda. O estudo se baseou no custo para a aquisição de duas cestas de produtos. Uma com produtos de marcas definidas, e outra com os produtos das marcas mais baratas encontradas no estabelecimento.
As duas cestas de compras se destinam a dois perfis de consumidor: uma com 104 produtos de marca, outra com 90 sem marca, com menores preços, sem carne e frutas, verduras e legumes. Os pesquisadores agiram como consumidores à procura do menor preço.
Foram comparados os pontos de venda visitados para apontar o supermercado mais barato. E, tomando esse local por base, a indicação de quanto os demais são mais caros. A lista não traz os preços por produtos. Em vez de simplesmente citar preços, as tabelas mostram a comparação entre os estabelecimentos visitados: o ponto de venda mais barato recebe o índice 100; os demais, o índice proporcional ao custo de suas respectivas cestas. Com essa metodologia, foi possível, ainda, comparar as redes de supermercados, hipermercados, hard discount e lojas de conveniência.
Para calcular o custo de cada cesta, foi feita uma ponderação, levando em conta o peso de cada produto nos hábitos de consumo do brasileiro. Isso porque os produtos têm importâncias diferentes de consumo. As lojas mais bem classificadas são as que vendem com preços menores os produtos mais consumidos.