O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec) voltou a crescer e alcançou o patamar inédito de 119,3 pontos em agosto, de acordo com dados divulgados hoje pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em relação a julho, o indicador que avalia o sentimento do consumidor em relação aos fatores que influenciam sua disposição para ir às compras aumentou 2,1%.
Segundo a entidade, a pontuação alcançada no mês passado foi a maior da série histórica do Inec iniciada em 2001, o que, de acordo com o documento, "mostra que o consumidor brasileiro está especialmente otimista".
O crescimento em agosto na comparação com o mês anterior foi principalmente pela melhora das percepções dos entrevistados em relação ao desemprego e à inflação, duas das variáveis que compõem o índice. De acordo com os dados, a avaliação dos consumidores sobre a inflação melhorou 8% em agosto, o quarto aumento consecutivo. "A trajetória recente dos preços aumentou o otimismo dos consumidores", afirma a nota.
Leia mais:
Um terço das famílias brasileiras sobreviveu com renda de até R$ 500 por mês em 2021, mostra FGV
Taxa de desemprego no Brasil cai para 9,8%, segundo IBGE
Termina nesta terça o prazo para entrega da declaração do Imposto de Renda
Número de inadimplentes de Londrina cai 14% em abril, segundo dados do SPC
Já as perspectivas a respeito do desemprego ficaram 8,6% mais positivas. Além disso, a visão dos entrevistados quanto à situação financeira progrediu 0,7%, assim como a propensão a realizar compras de bens de maior valor, cuja variação foi de 0,8%.
Por outro lado, tanto a variável que mede a expectativa de aumento na renda quanto a que se refere ao endividamento apresentaram piora de 1% em agosto. Segundo a CNI, os dados revelam que menos consumidores esperam conseguir aumento de salário nos próximos meses, assim como menos entrevistados conseguiram reduzir suas dívidas no período avaliado. O questionário foi aplicado a 2.002 pessoas entre os dias 18 e 21 de agosto.