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Classe A

Pesquisa mostra concentração de ricos em Londrina

Victor Lopes/Folha de Londrina
10 set 2010 às 08:35

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- Folha de Londrina
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Uma cidade com alto poder aquisitivo, boa qualidade de vida, comércio extremamente ativo e geradora de empregos. Essa é a Londrina de hoje, segundo uma pesquisa realizada pela empresa JGV, com o objetivo de traçar o perfil econômico, social, psicográfico (de princípios e valores do cidadão), entre outros para orientar empresários que já atuam ou pretendem se instalar no município. Intitulada ''Marca Londrina'', a pesquisa iniciou em maio - com o trabalho de campo - e a tabulação e cruzamento de dados terminou em agosto, abrangendo as cinco macrorregiões da cidade, sendo entrevistados dois mil domicílios e analisados 1705 casos.

A iniciativa surgiu de um fato curioso: o meio empresarial percebeu que as pessoas vindas de fora elogiavam a cidade e enfatizavam seus pontos positivos muito mais do que os próprios londrinenses. ''Os parceiros da pesquisa queriam saber qual é a percepção do londrinense em relação ao que a cidade oferece. Conhecer quais aspectos do município realmente marcam o cidadão que nasceu aqui'', explica a empresária Flávia Vicente, diretora da JGV, que apresentou na noite de ontem, no auditório da Associação Comercial e Industrial de Londrina (Acil), os resultados da pesquisa.

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Essa é a segunda vez que a empresa traça um panorama completo de Londrina, a primeira foi realizada em 2007. Flávia ressalta que neste intervalo de três anos ocorreram diversas mudanças, algumas bem importantes de ordem econômica. ''Verificamos que na classe A (renda familiar mensal acima de R$ 11 mil), Londrina tem maior percentual de pessoas (1,6%), comparado a Maringá (1%), Curitiba (1,1%) e Brasil (0,6%), ou seja, proporcionalmente Londrina é mais rica'', avalia a pesquisadora.

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Outra questão interessante é sobre a pequena incidência da classe E (abaixo de um salário mínimo) na cidade, representando apenas 0,3% da população. ''No Brasil, a classe E saiu de 15% para 1,6% em três anos. Ao contrário dos Estados Unidos, os países em desenvolvimento não sofreram tanto com a crise do ano passado, o que ajudou muito as pessoas a conseguirem um poder aquisitivo que elas não possuiam, por isso essa mudança de comportamento no consumo'', comenta Flávia.

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Com todas as informações disponíveis, os empresários londrinenses vão poder visualizar e até cruzar dados para ganhar novos mercados, além de atender seus consumidores com maior eficiência. Como exemplos de mercados em expansão na cidade, a pesquisa aponta o elevado número de pessoas que moram sozinhas (de 2,1% em 2007 para 6,1% em 2010) e os idosos, que já representam 10% da população da cidade (contra 8,6% em 2007). ''A terceira idade está com maior condição de consumir. Já os solteiros, que estão situados em grande número na classe B, podem ter serviços específicos direcionados a eles'', relata a empresária.


Para Flávio Balan, vice-presidente da Acil, a pesquisa realizada pela JGV vai ''fornecer informações de mercado bem fundamentadas que poderão ser utilizadas como uma boa ferramenta de trabalho pelas empresas londrinenses''. Ele opina ainda que a ação favorece a prospecção de novos mercados pelos empresários do município. Além da Acil, são parceiros da JGV na pesquisa o Sebrae, Sicred e Sicoob.

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Londrinenses têm emprego, poupam mais e buscam informação



A pesquisa da JGV trouxe informações interessantes relacionadas ao mercado de trabalho, poupança e até o acesso à internet da cidade. Nos três casos, os londrinenses conseguiram aumentar os índices quando comparados com os números de 2007.

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A diretora da empresa, Flávia Vicente, mostra que o computador com internet ganhou espaço considerável nos domicílios do município. ''Há três anos, 37,6% da população possuia computador com internet em casa. Agora, são mais de 71%. Sem falar que a busca por informações por meio da internet também cresceu'', cita a empresária.


Poupar dinheiro também ficou mais fácil para os londrinenses. Dados apontam que atualmente 40,3% da população possui poupança, contra apenas 28,4% em 2007. ''Inclusive os consórcios estão ganhando espaço. Quase 10% dos moradores da cidade realizam esse tipo de investimento'', aponta Flávia.

No quesito emprego, a cidade continua com baixo número de pessoas sem trabalho. Em 2007, 73,4% das residências não possuiam nenhum desempregado. Já neste ano, o índice é de 83,5% - alta de 10,1%.


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