Preocupada em alongar sua dívida, a Petrobras voltou nesta quinta-feira, 7, ao mercado internacional para captar US$ 3 bilhões com a emissão de bônus, conforme antecipado pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, no início da semana. A demanda superou a expectativa de captação da estatal, e permitiu a negociação mais favorável para as condições de retorno aos investidores.
A operação ampliou a oferta de títulos da dívida da estatal realizada em maio, que estendeu os compromissos com vencimento entre fevereiro de 2017 e abril de 2019. Na ocasião, a estatal já havia levantado mais de US$ 6,7 bilhões.
A estratégia, traçada pelo diretor financeiro da Petrobrás, Ivan Monteiro, é garantir alívio de caixa na estatal até o próximo ano.
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De acordo com fontes do Broadcast, a demanda para os títulos emitidos hoje chegou a US$ 7,6 bilhões. Com isso, a companhia conseguiu reduzir a taxa de retorno oferecida aos investidores, limitando o custo da nova operação.
As taxas de retorno negociadas ficaram entre 7,875% e 8,750%, de acordo com fontes do mercado financeiro. Inicialmente, o retorno para os títulos de longo prazo passava de 9%.
Alongamento
Os papéis emitidos pela companhia passam a ter vencimento em 2021 e 2026. A principal demanda dos investidores foi para os títulos com vencimento mais próximo, que levantou US$ 1,75 bilhão. A operação ainda será concluída, com a definição da taxa de juros e da distribuição dos títulos entre os investidores habilitados.
Em comunicado, a Petrobras explicou que a operação terá "garantia total e incondicional" da empresa. A oferta será consolidada juntamente com a oferta concluída no último dia 23 de maio, formando duas séries únicas de acordo com o vencimento dos títulos.
A recompra dos títulos de curto prazo também foi iniciada ontem, de acordo com o comunicado oficial da empresa, com prazo até agosto. A prioridade é para adquirir os títulos com vencimento em 2017 - ao todo, a Petrobras tem dívidas de R$ 47 bilhões com vencimento no próximo ano. A dívida total da petroleira passa de R$ 450 bilhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.