A diretora de Gás e Energia da Petrobras, Graça Foster, disse hoje (23) que não existe crise no mercado brasileiro de gás natural.
Segundo ela, a empresa tem condições de atender ao volume de gás contratado pelas distribuidoras e aos despachos previstos no termo de ajustamento de conduta assinado com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para a geração de energia elétrica em caso da necessidade de despacho das usinas térmicas.
"Para o que temos de compromisso, o que há de contratos em vigor, há gás suficiente.O que não podemos é fornecer, eventualmente, acima do que está nos contratos". As declarações foram dadas na solenidade em que o governo do Rio entregou à estatal a licença de instalação para o terminal de regaseificação de GNL (gás natural liquefeito) que será construído na Baía de Guanabara, ao custo de R$ 2,9 bilhões e com capacidade de regaseificar até 14 milhões de metros cúbicos por dia.
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A previsão é que o terminal esteja em operação a partir da metade do ano que vem, apesar do aquecimento do mercado e da alta do preço do barril no mercado externo, com reflexos também no mercado de GNL.
Foster lembrou que o GNL será um complemento à oferta de gás do país, destinando-se, em um primeiro momento, ao fornecimento da demanda esporádica das usinas termelétricas.
Na avaliação da diretora, se o país importasse GNL seria difícil ocorrer problemas como os do final do mês passado, quando a Petrobras limitou a remessa de gás natural às distribuidoras do Rio de Janeiro CEG e CEG Rio, e à Congas em São Paulo, aos volumes acertados em contratos.
Durante a solenidade, o secretário de Meio Ambiente do Rio, Carlos Minc, anunciou que na semana que vem a Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente deve emitir a licença ambiental autorizando as obras de ampliação da Refinaria Duque de Caxias (Reduc).
No projeto, a Petrobras anunciou investimentos de cerca de US$ 1,2 bilhão para a construção de novas unidades de coque, nafta e diesel, entre outros produtos.