O diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, destacou hoje que o financiamento de R$ 25 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é o maior e mais longo já obtido pela estatal em toda a sua história. Antes disso, o maior empréstimo havia sido o da China, no valor de US$ 10 bilhões.
O diretor ressaltou a importância de o financiamento estar sendo pago ao longo dos anos em que os recursos já terão sido aplicados e gerando renda para a empresa. "Vamos estar produzindo um volume de óleo muito mais expressivo neste período", disse. Segundo ele, "para aumentar o endividamento sempre se tem que trabalhar com cuidado". O financiamento terá prazo de 19 anos e 8 meses, com amortização semestral em setembro e março, sendo que o primeiro pagamento está programado para setembro de 2016.
"Foi isso que fizemos: aumentamos com prazo compatíveis com os projetos da indústria de petróleo e gás", disse Barbassa. O financiamento, lembrou, vai estar indexado ao dólar, mas a moeda de saque e liquidação será o real. Barbassa afirmou ainda que se o preço do barril do petróleo se mantiver na média dos US$ 60 nos próximos anos, a Petrobras já tem recursos para cobrir todo o seu plano de investimentos até 2013, no valor de US$ 174,4 bilhões.
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No início do ano, quando anunciou seu plano de negócios, a Petrobras previu que se o barril permanecesse na casa dos US$ 37, necessitaria captar US$ 18 bilhões. Segundo ele, com o barril em média nos US$ 60, a geração de caixa seria de US$ 148 bilhões neste período. "Isso exigiria apenas mais US$ 30 bilhões, valor que já captamos no primeiro semestre deste anos e não pretendemos gastar só em 2009", destacou o diretor, após a assinatura do contrato de financiamento no valor de R$ 25 bilhões junto ao BNDES hoje, no Rio.