Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Petrobras

Petroleiros ameaçam acirrar movimento grevista e paralisar produção

Agência Brasil
03 nov 2015 às 16:17

Compartilhar notícia

- Reprodução
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

A decisão da Petrobras de chamar a polícia para impedir que os petroleiros ligados à Federação Nacional dos Petroleiros fizessem piquetes em frente à sede da estatal no centro do Rio revoltou o sindicato, que ameaça acirrar ainda mais o movimento grevista com a ocupação de unidades de produção e refino.

Em entrevista à Agência Brasil, Emanuel Cancela, secretário-geral da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) e do Sindipetro-RJ, disse que o acirramento terá início já a partir desta quarta-feira (4) em reação à decisão da empresa de dificultar a ação do "comitê de convencionamento" com a presença da Polícia Militar.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


"Em reação à decisão da Petrobras [de chamar a PM], já a partir desta quarta-feira nós vamos acirrar ainda mais o movimento, inclusive com a ocupação de unidades de produção e refino, como já foi feito no passado".

Leia mais:

Imagem de destaque
Crise

Um terço das famílias brasileiras sobreviveu com renda de até R$ 500 por mês em 2021, mostra FGV

Imagem de destaque
97,5 milhões de ocupados

Taxa de desemprego no Brasil cai para 9,8%, segundo IBGE

Imagem de destaque
Atenção à data

Termina nesta terça o prazo para entrega da declaração do Imposto de Renda

Imagem de destaque
Resultado animador

Número de inadimplentes de Londrina cai 14% em abril, segundo dados do SPC


Cancela adiantou que a estratégia de ocupação de unidades vai utilizar trabalhadores demitidos do Polo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) e, também, de metalúrgicos da construção naval que estão sendo demitidos em consequência do corte de investimentos determinado pela nova diretoria da estatal.

Publicidade


"Nós não vamos ficar calados, de braços cruzados, enquanto nossos companheiros estão sendo sangrados nas bases de produção. As plataformas, refinarias e terminais continuarão o processo de diminuição da capacidade de produção da empresa", disse.


Na avaliação do dirigente sindical, apesar das denúncias da Operação Lava Jato, os petroleiros vem fazendo a sua parte. "Melhoramos todos os indicativos da empresa: aumentamos a capacidade de refino, a produção de petróleo, inclusivo no pré-sal, que já ultrapassou os 1 milhão de barris por dia".

Publicidade


Por isso mesmo, afirmou, não aceitaremos rebaixamento de clausulas sociais e muito menos redução de rendimentos. Assim como também não vamos aceitar a venda de nenhum ativo da empresa - se isto acontecer aí é que o movimento vai acirrar ainda mais"


Já a Federação Única dos Petroleiros (FUP) acusa a Petrobras de não respeitar o direito de greve. Segundo a entidade, para tentar desmobilizar a categoria, as gerências estão utilizando de "métodos coercitivos que vão desde a pratica de cárcere privado, mantendo os trabalhadores presos em suas unidades sem direito á rendição, passando pelo uso da força policial dentro das unidades, até a realização de ligações telefônicas para a casa dos trabalhadores com intimidações às suas famílias".

Publicidade


Segundo a FUP, 'essas arbitrariedades" contrariam frontalmente a Lei de Greve e a decisão legítima dos trabalhadores de aderirem ao movimento. "A Petrobras recusou-se a negociar com as entidades sindicais um acordo de greve que respeitasse o que determina a legislação: o direito dos trabalhadores pararem suas atividades, impactando a produção e garantindo as necessidades imediatas da população", diz comunicado da entidade.


Balanço publicado na página da federação na internet, indica que, somente no Norte Fluminense, na Bacia de Campos, responsável por 80% da produção nacional do país, 41 plataformas aderiram, parcialmente ou totalmente, ao movimento. Vinte e cinco unidades estão paradas totalmente, oito estão operando com restrição de produção. "Cerca de 400 a 450 mil barris deixaram de ser produzidos", afirma a FUP.

Até a publicação da matéria a Petrobras ainda não tinha se manifestado sobre as declarações do sindicato.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo