O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) corrigiu a previsão anterior, de crescimento de 2% para a economia neste ano, e agora estima evolução entre 0,2% e 1,2% para o Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todas as riquezas produzidas no país.
A correção foi anunciada nesta quinta-feira (30), pelo diretor de Estudos Macroeconômicos do Ipea, João Sicsú, ao divulgar o boletim Conjuntura em Foco, deste mês, com análises temáticas sobre a expansão da economia, evolução de conta corrente externa, emprego, câmbio e inflação.
Diferente de outras previsões, com presunção de exatidão - e quase sempre dão errado -, Sicsú admitiu que a projeção de evolução econômia em intervalo "é o reconhecimento de que temos dificuldades em fazer previsões de crescimento".
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Ele salientou, contudo, a necessidade de corrigir para baixo a projeção anunciada no mês de março porque o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) constatou recuo de 0,8% no PIB do primeiro trimestre, ao passo que análise técnica do Ipea apontava desempenho estável da economia, de janeiro a março.
De acordo com Sicsú, a equipe do Ipea imaginou, na Conjuntura em Foco de março, que após um primeiro trimestre de estagnação, a economia cresceria a taxas mais expressivas a partir do segundo trimestre. Mas "o desempenho da tividade econômica ficou abaixo de nossas expectativas", disse ele, com retração no primeiro trimestre e "desempenho ainda fraco" de abril a junho.
Ele acredita, no entanto, que "a economia já reagiu, com números expressivos em relação ao primeiro trimestre, e podemos afirmar, com segurança, que a recuperação será mais forte no segundo semestre do ano". Em especial, afirmou, porque o comércio varejista continua crescendo a taxas expressivas.