O Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) estima que o Produto Interno Bruto (PIB) do Paraná deve crescer 6% em 2007. A projeção teve como base as estatísticas disponíveis até a primeira quinzena do mês de novembro. Com isso, o PIB paranaense deve ser superior à variação projetada para o Brasil: 4,7%, segundo expectativas de mercado levantadas pelo Banco Central.
"A significativa expansão do PIB do Paraná reflete a combinação dos resultados positivos dos setores agropecuário, industrial e de serviços, evidenciando a recuperação da economia do Estado, depois de dois anos marcados por prejuízos impostos pelas estiagens ao agronegócio", analisou o presidente do Ipardes, José Moraes Neto.
Entidades representativas do Estado como a Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) e a Associação Comercial do Paraná (ACP) dizem que a previsão estava dentro do esperado para este ano. "Isso porque a produção da indústria paranaense, por exemplo, deve ficar acima da média nacional. O IBGE também deve confirmar isto", afirmou o coordenador do Departamento Econômico da Fiep, Maurílio Schmitt.
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Descentralização - O crescimento do PIB de forma mais distribuída no Estado é apontado pelo secretário de Planejamento, Enio Verri, como uma das principais características positivas desta projeção. "Este crescimento apontado para o ano de 2007 tem um caráter mais equânime. O PIB do Paraná nos últimos 10 anos era centralizado na Região Metropolitana de Curitiba e agora começa a aparecer em outros vários pontos na economia paranaense", comentou.
Para Verri, a estimativa de crescimento é o resultado de um conjunto de políticas aplicadas na esfera federal e estadual, que somadas têm um efeito muito mais dinâmico no Paraná em comparação a outros Estados. Como exemplos dessa políticas ele cita a desoneração de vários produtos de consumo popular, principalmente, alimentos e material de construção (cimento, ferro etc) e avanço na área tributária com foco nas micro e pequenas empresas.
Verri cita ainda as políticas voltadas ao fortalecimento da agricultura familiar e a diversificação da produção, em especial nas políticas do leite e da cafeicultura, como fatores muito importantes na recuperação do agronegócio e diminuição da suscetibilidade às intempéries climáticas.
Outra política estadual que estaria influenciando no crescimento da economia paranaense é o subsídio dado à energia elétrica em alguns setores da agropecuária e a mecanização do campo. "O programa Trator Solidário deve colaborar ainda mais para que a economia do Estado continue em crescimento", concluiu Verri.