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Pesquisa global

Popularidade do Brasil é a que mais cresce no mundo

BBC Brasil
07 mar 2011 às 11:01

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- Reprodução
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Uma pesquisa anual do Serviço Mundial da BBC conduzida em 27 países revela que as opiniões positivas sobre a influência do Brasil no mundo tiveram o maior aumento entre as nações pesquisadas, passando de 40% a 49%.

Já as visões negativas sobre a atuação brasileira caíram três pontos percentuais, para 20%. Somente em um país, a Alemanha, as opiniões negativas sobre o Brasil suplantam as positivas (32% a 31%).

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Outra nação a destoar do resultado geral foi a China, maior parceiro comercial do Brasil, onde a visão positiva da influência brasileira caiu 10 pontos percentuais, para 45%, e a opinião negativa subiu 29 pontos, para 41%.

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O levantamento, coordenado pelo instituto de pesquisas GlobeScan e pelo Programa de Atitudes em Política Internacional (PIPA, na sigla em inglês) da Universidade de Maryland (EUA), foi feito entre dezembro de 2010 e fevereiro de 2011 com 28.619 pessoas, que opinaram sobre a influência de 16 países e da União Europeia.

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Para Fabián Echegaray, diretor do Market Analysis, empresa que realizou a pesquisa no Brasil, a melhor avaliação do país pode ser atribuída à aprovação à diplomacia brasileira, à popularidade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e à atuação de empresas e ONGs brasileiras no exterior.


"Nos últimos dois, três anos, ONGs brasileiras tiveram grande destaque na discussão sobre as mudanças climáticas. Esse papel é bastante percebido lá fora e acaba projetando a imagem do país", diz ele à BBC Brasil.

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Segundo Echegaray, o bom desempenho da economia brasileira nos últimos anos, período em que muitos países sofreram intensamente os efeitos da crise financeira, também contou pontos a favor do Brasil, principalmente entre nações europeias.


A melhora na avaliação sobre o Brasil fez com que o país igualasse o desempenho obtido pelos Estados Unidos, cuja influência também foi considerada positiva por 49% dos entrevistados.

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Os dois países ocupam posições intermediárias no ranking da pesquisa, que tem a Alemanha (com 62% de aprovação) e a Grã-Bretanha (58%) nos primeiros lugares e Irã e Coreia do Norte (ambos com 16% de aprovação) nas últimas colocações.


Auto-imagem

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Echegaray destaca ainda, entre os resultados da pesquisa, a excelente opinião que os brasileiros têm da influência do próprio país, só comparável à dos sul-coreanos.


De acordo com o levantamento, 84% dos brasileiros acham que o Brasil tem influência positiva com o mundo, mesma porcentagem medida em 2009 e mesmo índice da Coreia do Sul.

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Em 2008, ano em que o Brasil passou a figurar no questionário, 74% aprovavam a atuação do país.


Neste ano, a aprovação à influência do próprio país atingiu 77% na China e na Índia, 69% na Grã-Bretanha, 68% na França, 64% nos Estados Unidos e 39% no Japão.

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Para o pesquisador, a boa avaliação do Brasil entre seus cidadãos indica como o brasileiro está processando o acúmulo de notícias no exterior a respeito do país.


"Os dados revelam um apoio à atuação externa do Brasil, seja via políticas públicas ou iniciativas de setores da sociedade."


O levantamento no Brasil foi feito com 800 adultos moradores de Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Goiânia, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.


Projeção


A pesquisa revela ainda que a imagem do Brasil ao redor do mundo ganhou mais clareza no último ano: o número de entrevistados que optaram por não avaliar a influência do país caiu seis pontos percentuais em relação à pesquisa anterior.


A visão positiva do Brasil cresceu principalmente na Nigéria (22 pontos percentuais, chegando a 60% do total), na Turquia (29 pontos, 48%), Coreia do Sul (17 pontos, 68%) e Egito (19 pontos, 37%).


Na Europa, as maiores aprovações ocorreram em Portugal (76%) e na Itália (55%). Na Grã-Bretanha, embora a avaliação positiva do Brasil tenha crescido 12 pontos, chegando a 47%, a opinião negativa aumentou 13 pontos, atingindo 33%.


Além de ser o único país onde a avaliação favorável ao Brasil foi inferior à desfavorável, a Alemanha foi a única nação europeia a registrar aumento no número de entrevistados que optaram por não avaliar a influência brasileira.


Entre os países latino-americanos pesquisados, a aprovação à influência do Brasil chegou a 65% no México, 63% no Peru e 70% no Chile, ainda que neste país a opinião positiva tenha caído sete pontos, e a negativa, aumentado em seis.


Outros países onde as opiniões favoráveis ao Brasil cresceram foram a Austrália (50%, ante 32 na pesquisa anterior), Estados Unidos (60%, ante 42%), Canadá (53%, ante 38%) e Indonésia (50%, ante 42%).



Imagem positiva dos EUA cresce no Brasil


Às vésperas da viagem do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ao Brasil, uma pesquisa do Serviço Mundial da BBC revela que a opinião dos brasileiros sobre a influência americana no mundo melhorou substancialmente no último ano.


Segundo o levantamento, realizado entre dezembro de 2010 e janeiro de 2011, 64% dos brasileiros consideram positivo o papel dos Estados Unidos, índice nove pontos percentuais maior do que na pesquisa anterior. Já as avaliações negativas caíram 14 pontos, para 21%.


O aumento nas opiniões favoráveis aos Estados Unidos no Brasil coincide com a melhora da imagem do país mundo afora, ainda que esta tenha ocorrido, em média, em menor grau.


Nos 27 países pesquisados, 49% das pessoas manifestaram visão positiva dos EUA, índice quatro pontos percentuais maior do que o da pesquisa anterior, de 2010. Outros 31% consideram negativa a influência do país.


O levantamento, coordenado pelo instituto de pesquisas GlobeScan e pelo Programa de Atitudes em Política Internacional (PIPA, na sigla em inglês) da Universidade de Maryland (EUA), foi feito com 28.619 pessoas, que opinaram sobre a influência de 16 países e da União Europeia.


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‘Efeito Obama’


Steven Kull, diretor do PIPA, atribui a melhora na opinião sobre os Estados Unidos à "consolidação do ‘efeito Obama’".


Em 2007, quando os EUA eram governados por George W. Bush, 54% dos entrevistados tinham uma opinião negativa sobre o país e apenas 28% expressaram visão positiva. Naquele ano, os EUA ficaram entre os últimos colocados da pesquisa.


Em 2008, ano em que Obama foi eleito presidente, as opiniões começaram a melhorar, com a aprovação alcançando 32%. Hoje, com 49% de avaliações favoráveis, mesmo índice do Brasil, os EUA ocupam uma posição intermediária na tabela.


Disparidade


Segundo a pesquisa, os países onde os Estados Unidos gozam de maior aprovação são as Filipinas (90%), Gana (84%), Nigéria (76%) e Coreia do Sul (74%).


Na Europa, as opiniões sobre os EUA são ligeiramente positivas na Grã-Bretanha (46% de aprovação, ante 43% de reprovação), França (46% a 40%) e Rússia (38% a 31%), mas negativas na Alemanha (37% a 44%).


As visões desfavoráveis sobre a influência americana se concentram em países de maioria muçulmana. Embora a opinião sobre os Estados Unidos tenha melhorado no Egito no ano passado, somente 26% veem o país de forma positiva, ao passo que 50% têm avaliação negativa.


No Paquistão, 16% aprovam a influência do país, enquanto 46% reprovam. Na Turquia, apesar do aumento de 22 pontos percentuais na visão positiva, expressada por 35% dos entrevistados, 49% condenam a atuação americana.


Entre os chineses, 33% aprovam e 53% condenam os Estados Unidos.


As visões negativas sobre país também suplantaram as positivas no México (38% a 23%) e no Canadá (47% a 40%), dois vizinhos do país.


Melhoria geral


Em geral, as opiniões positivas aumentaram em 13 dos 16 países pesquisados. A Alemanha, com 62% de aprovação, manteve a liderança no ranking, seguida por Grã-Bretanha (58%), Canadá (57%), União Europeia (57%) e Japão (57%).


Na outra ponta da tabela, a visão negativa sobre o Irã aumentou três pontos, chegando a 59%; na Coréia do Norte, atingiu 55%, alta de seis pontos; e no Paquistão, subiu 5 pontos, para 56%.


A opinião sobre o Irã piorou especialmente entre países como a Grã-Bretanha (20 pontos percentuais), Canadá (19), Estados Unidos (18) e Austrália (15).

Israel, tradicionalmente um dos países com pior imagem na pesquisa, manteve a avaliação negativa de 49% e apresentou aumento na visão positiva de 19% para 21%.


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