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No 1º trimestre

Portabilidade de planos de previdência cresce 70%

Agência Estado
20 mai 2013 às 10:37

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O volume financeiro de portabilidade movimentado pelos planos de previdência aberta complementar cresceu 70% no primeiro trimestre, totalizando R$ 297,5 milhões, conforme dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi) obtidos pelo Broadcast. Embora o número de pedidos de troca tenha sido 2,25% menor, a quantidade de operações liquidadas, 5.372, aumentou quase 49% no período.

A principal explicação para o crescimento expressivo da portabilidade nos planos é, conforme Osvaldo do Nascimento, presidente da FenaPrevi e diretor superintendente da Itaú Vida e Previdência, o risco retorno. "Se o plano cobra uma taxa de administração maior, mas entrega uma rentabilidade melhor, o cidadão está satisfeito", atenta ele.

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A portabilidade privilegia os planos que entregam mais rentabilidade, oferecem melhores serviços e opções de diversificação de alocação de ativos, conforme Nascimento. "O maior ganho que o cidadão teve da indústria de previdência foi a regulamentação da portabilidade (em 2001). Seu foco foi criar a competição no mercado", avalia ele.

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Como neste cenário de juros real baixo, adverte ele, o mercado de previdência complementar aberta passa por um período de transformação, cresce o número de opções de planos e, consequentemente, a portabilidade. Neste contexto, as estratégias de alocação dos planos tendem a ficar mais claras para os beneficiários, permitindo que eles tenham mais conhecimento no momento de escolher por um plano.

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O crescimento da portabilidade entre planos de previdência é uma tendência positiva e que, conforme o presidente da FenaPrevi, deve crescer, gerando uma dinâmica competitiva e fundamental para o setor de previdência.


Nos últimos cinco anos, esse cenário tem prevalecido, conforme mostram os dados compilados pela FenaPrevi. Depois de crescer 32,3% entre 2010 e 2011, o volume financeiro movimentado em portabilidades por planos no ano passado avançou mais de 48%, alcançando o patamar de R$ 5,7 bilhões.


Na questão das taxas de administração, Nascimento lembra que esses custos no Brasil já são comparáveis aos vistos no Chile, México e até mesmo nos Estados Unidos. Conforme ele, as taxas estão ligadas a volume e variam hoje de 0,7% a 2,5%, dependendo da estratégia de alocação de recursos do plano. "Alguns planos (que exigem menor aporte de recursos) não têm jeito, se o mercado não cobrar, não é possível mantê-los, pois o custo no Brasil é muito alto quando o volume é menor. O mercado preferiu dar acesso às classes C e D. O país terá de ter paciência para permitir essa inclusão social",

O foco do setor de previdência, conforme Nascimento, é deixar as taxas cobradas transparentes para os cidadãos. Para ele, estes custos caíram bastante desde a redução dos juros e já estão num patamar razoável. Mas, destaca: "Diante dos planos de previdência que cobram uma taxa menor com retorno à altura dos demais, a concorrência perde se não baixar a taxa", conclui.


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