As cadernetas de poupança acumularam entre janeiro e agosto deste ano uma rentabilidade nominal de 4,81%, o que indica queda pelo quarto ano consecutivo, segundo estudo divulgado ontem pela consultoria Economatica. Esta é a menor remuneração já registrada na história pela poupança. Pelas regras atuais, os depósitos são remunerados em 6,17% ao ano mais a variação da Taxa Referencial (TR).
Se nominalmente a remuneração da caderneta de poupança é a menor da história, descontada a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) a rentabilidade nos oito primeiros meses de 2009, ela é a quarta maior no período de dez anos. O ganho real entre janeiro e agosto ficou em 1,79%, ante 0,40% de igual período de 2008.
Tributação
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O governo mudou a proposta de tributação da caderneta de poupança a partir de 2010, tornando-a mais simples, mas também mais cara para os grandes aplicadores. O novo modelo, que deve ser proposto ainda esta semana ao Congresso Nacional, mantém a isenção de Imposto de Renda (IR) para investimentos de até R$ 50 mil, mas institui uma taxação de 22,5%, cobrada na fonte sobre o rendimento relativo à parcela que exceder este valor.
''Em uma caderneta de poupança no valor de R$ 52 mil, o rendimento dos R$ 2 mil (valor que excede os R$ 50 mil) é que será taxado em 22,5%'', explicou o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Antes, a ideia do governo era taxar as aplicações com base em uma fórmula que definia a tributação conforme o nível de taxa de juros. A proposta era mais difícil de entender, mas também implicava um custo menor para os poupadores.