As vendas do comércio varejista paranaense tiveram aumento real (já descontada a inflação) de 4,9% em abril, em relação a abril de 2011, contra uma variação de 2,9% para o total do Brasil. Os dados referem-se ao conceito ampliado de varejo, que inclui os segmentos de veículos, motos e material de construção. No ano, o setor acumula crescimento de 9,3% no Paraná, enquanto a média nacional ficou em 6,2%. Os dados são da Pesquisa Mensal do Comércio, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O desempenho do comércio paranaense em abril foi o segundo melhor entre os estados do Sul e Sudeste, atrás somente de São Paulo (6,6%). A performance positiva no Estado foi generalizada entre os segmentos do comércio. O segmento de atividades de artigos farmacêuticos e de perfumaria aumentou as vendas em 25,3%; artigos de uso pessoal e doméstico, em 24,1%); equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, 17,5%; móveis e eletrodoméstico, 15,8%; combustíveis e lubrificantes, 8,6% e material de construção, 6,7%.
No indicador acumulado no primeiro quadrimestre do ano, as vendas reais do comércio tiveram acréscimo de 9,3%, determinado pelos segmentos de artigos farmacêuticos e de perfumaria (24,6%), artigos de uso pessoal e doméstico (21,8%), móveis e eletrodomésticos (21,2%), hipermercados e supermercados (15,5%) e material de construção (10,1%).
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A performance dos últimos 12 meses, encerrados em abril deste ano, retrata aumento de 8,8% na comercialização das unidades varejistas no Paraná, versus 6,0% para o Brasil, que manteve a liderança entre os estados mais desenvolvidos do País, ancorada em móveis e eletrodomésticos (19,4%), artigos farmacêuticos e de perfumaria (19,3%), artigos de uso pessoal e doméstico (12,7%), equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (12,5%), material de construção (11,8%) e hipermercados e supermercados (9,7%).
Os números de abril de 2012 confirmam a continuidade do crescimento do comércio varejista regional, atestada pelo registro de estatísticas recordes de geração de empregos e de ganhos salariais.
Três fatores foram essenciais para esse resultado, de acordo com o diretor-presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), Gilmar Mendes. "Os mecanismos de estímulo ao consumo, lançados pelo Banco Central a partir do segundo semestre do ano passado e intensificados em março/abril deste ano, maximizados pela abertura à realização de negócios no Estado, a partir de 2011, foi um desses eixos", destaca o economista.
Os efeitos multiplicadores dinâmicos da construção civil, com a recuperação dos investimentos públicos e dos projetos habitacionais, e a reação da renda do agronegócio, impulsionada pela subida das cotações internacionais dos alimentos e a valorização do dólar, foram os outros fatores que contribuíram para a performance do Estado, analisa Gilmar Mendes.