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The Economist

Pré-sal pode ser chance de Brasil desenvolver tecnologias

BBC Brasil
04 fev 2011 às 08:20

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Estudantes fazem manifestação em frente ao Congresso em favor da distribuição de parte dos recursos do Pré-Sal para a educação, em maio de 2010 - ABr
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Em edição publicada nesta quinta-feira, a revista britânica The Economist diz que o desafio da extração de petróleo em camadas pré-sal pode ser uma oportunidade para que o Brasil desenvolva tecnologias e diversifique a economia.

A revista afirma, contudo, que a corrupção e o desperdício de dinheiro são obstáculos que o país terá de enfrentar para tirar o maior proveito da riqueza subterrânea.

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A Economist conta que a Petrobras emprega 1.600 pessoas em pesquisa e trabalha com 85 universidades e centros de estudos.

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Em entrevista à revista, Carlos Fraga, que chefia os esforços de pesquisa da Petrobras, diz que a exploração de petróleo pode impulsionar a inovação no Brasil assim como a corrida espacial o fez nos Estados Unidos.

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No entanto, a publicação lista entraves que o país deverá enfrentar ao lidar com o pré-sal.


"Esses depósitos ultraprofundos devem ser extraídos a uma pressão até três vezes maior do que em poços offshore normais. O sal frequentemente se move e se fecha após a extração", diz a revista.

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Segundo a Economist, quase tão grandes quanto os obstáculos geológicos são os obstáculos políticos. "A insistência do governo para que a Petrobras seja a única operadora do pré-sal, detenha ao menos 30% de cada consórcio e obtenha a maior parte de bens e serviços no Brasil levou a previsões de custos inflados e atrasos desnecessários".


A revista menciona ainda o fato de que muitos políticos brasileiros estão se referindo ao petróleo como um "pote de ouro no fundo do oceano - vastas riquezas, capazes de resolver todos os problemas do Brasil".

"Já que o dinheiro que eles recebem de taxas é grande e frequentemente desperdiçado, não há razão para crer que eles gastariam as receitas do petróleo mais efetivamente", diz a revista, citando que o Brasil ocupa o 69º posto entre 178 países no ranking de percepção de corrupção da Transparência Internacional.


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