O custo da cesta básica em fevereiro apresentou queda em 11 das 16 capitais brasileiras analisadas na Pesquisa Nacional da Cesta Básica, divulgada nesta segunda-feira (3) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
As maiores quedas foram registradas em Goiânia (-5,16%), Belo Horizonte (-4,78%) e Salvador (-3,03%).
Das cinco capitais que registraram alta no custo da cesta, quatro são da Região Nordeste: João Pessoa (6,31%), Fortaleza (4,40%), Recife (3,07%) e Natal (2,73%). E em Porto Alegre a alta foi de 0,18%.
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A cesta mais cara é a de São Paulo, onde custou, em fevereiro, R$ 226,20, seguida por Porto Alegre (R$ 214,65). A mais barata é a de Aracaju: R$ 165,35.
No acumulado dos últimos 12 meses, a elevação no preço da cesta manteve-se acima dos 20% em quatro capitais: São Paulo (21,64%), Natal (21,21%), Fortaleza (20,30%) e João Pessoa (20,02%).
O óleo de soja foi o produto que apresentou alta em maior número de capitais – 14 –, seguido pela manteiga (aumento em 11 capitais) e pelo leite tipo C (dez capitais). Houve queda no preço da carne em 12 capitais, devido à maior oferta do produto no período e ao embargo de países europeus à carne brasileira.
A pesquisa do Dieese também avaliou que o salário mínimo ideal para o período, consideradas as despesas com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, seria de R$ 1.900,31 – valor cinco vezes superior ao do mês passado, de R$ 380.
Para poder adquirir a cesta básica em fevereiro, o trabalhador brasileiro teve que trabalhar, em média, 110 horas e 18 minutos.