O preço da cesta básica aumentou 9,12% em Curitiba no último ano, para R$ 271,31, segundo levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgado nesta segunda-feira (7).
Além da capital paranaense, outras 15 localidades pesquisadas apresentaram aumento, com as maiores variações situando-se em Goiânia (10,61%), Rio de Janeiro (3,58%) e Brasília (3,41%). No mesmo período, três cidades tiveram queda nos preços, Natal (-2,75%), Vitória (-1,50%) e Aracaju (-0,76%).
São Paulo continuou sendo a capital onde se apurou o maior valor para a cesta básica (R$ 304,90). Depois aparecem Porto Alegre (R$ 294,37) e, com custo semelhante, Vitória (R$ 290,89) e Belo Horizonte (R$ 290,88).
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Salário - Com base no custo apurado para a cesta de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deveria suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário.
Em dezembro, o menor salário pago deveria ser R$ 2.561,47, ou seja, 4,12 vezes o mínimo em vigor, de R$ 622,00. Em novembro, o mínimo necessário era menor, equivalendo a R$ 2.514,09, ou 4,04 vezes o piso vigente. Em dezembro de 2011, o valor necessário para atender às despesas de uma família chegava a R$ 2.329,35, o que representava 4,27 vezes o mínimo de então (R$ 545,00).
Comportamento dos preços - Alguns produtos da cesta básica apresentaram alta generalizada em 2012. Destaque para o arroz, feijão, óleo de soja, manteiga e café, com alta nas 17 capitais.
O preço do arroz subiu em todas as localidades pesquisadas em 2012. As altas foram bastante expressivas, com todas as cidades registrando aumento acima de 10% no ano. As variações mais significativas foram apuradas em Belém (69,01%), Natal (46,41%) e Aracaju (46,22%).
Taxas elevadas também foram verificadas para os preços do feijão, todas elas acima de 20% a.a. Em 2012, as principais altas situaram-se em Belém (46,64%), Rio de Janeiro (44,27%) e Aracaju (43,33%). Os menores aumentos foram anotados em Goiânia (23,41%), Natal (23,65%) e Belo Horizonte (26,02%).
Para os preços da manteiga, os aumentos mais expressivos, em 2012, deram-se em Brasília (21,96%), Salvador (18,31%) e Florianópolis (17,93%). As menores taxas ocorreram em Porto Alegre (0,68%), Aracaju (1,35%) e Belo Horizonte (2,85%).
O café em pó ficou mais caro em todas as localidades pesquisadas, em 2012. As altas mais importantes foram observadas em Vitória (30,04%), Brasília (26,77%) e Belém (19,45%). Os menores aumentos ocorreram em Manaus (2,47%), Aracaju (3,66%) e Porto Alegre (5,01%).
Os preços da farinha aumentaram em 15 cidades no ano de 2012. As oscilações mais expressivas ocorreram nas capitais das regiões Norte e Nordeste, onde é pesquisada a farinha de mandioca: Aracaju (115,47%), Fortaleza (96,83%) e Manaus (90,58%). Nas cidades onde é pesquisada a farinha de trigo, as principais elevações ocorreram em: Curitiba (10,86%), Rio de Janeiro (9,70%) e Vitória (7,17%). As únicas retrações no ano foram em Florianópolis (-15,00%) e Brasília (-5,08%).