Entre ontem e hoje (1), a maioria dos postos de Londrina aumentou o preço do litro do álcool para valores próximos de R$ 1,76. Até o início da semana, o produto era encontrado a R$ 1,63, o que significa um aumento de 8%. Também houve aumento no preço da gasolina.
"Daqui para frente vamos falar muito sobre o aumento do preço do álcool. O preço não para de subir", adiantou ao Bonde o presidente do Sindicato dos Revendedores de Combustíveis do Paraná, Roberto Fregonesi.
Segundo ele, o aumento ocorrerá em praticamente todo o país principalmente devido ao baixo estoque do produto. "Esta semana conversei com o representante de uma grande distribuidora de combustível e ele me disse que a zero hora de hoje irá repassar um aumento de 10 centavos no álcool hidratado e dois centavos e meio no litro do álcool anidro, aquele acrescentado à gasolina", afirmou Roberto Fregonesi.
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O principal motivo para o reajuste alegado pelo setor sucroalcooleiro foi a queda na produção de cana-de-açúcar em razão da seca. "Houve uma quebra de 8% na safra, segundo os produtores, e com isso os estoques estão baixos", afirmou o presidente do Sindicombustíveis.
De acordo com Fregonesi, dados do Cepea, o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da USP, demonstram que o álcool anidro sofreu alta de 35,16% entre 11 de junho e 24 de setembro. Quanto ao etanol, a alta acumulada no período foi de 29,91%. "Com certeza, isso implicou aumento no preço da gasolina".
Os revendedores estão comprando o álcool por aproximadamente R$ 1,39 nas usinas, além do frete, o que eleva o custo do produto para R$ 1,50, disse o presidente do sindicato.
Escassez
Porém, segundo Fregonesi, mais preocupante que a alta do preço do produto é a possibilidade de falta. "O que me preocupa mais é a escassez. Já está havendo dificuldades". Ele disse que a cana que deveria estar sendo colhida em outubro já foi beneficiada. "A matéria prima deveria durar até março, mas não sabemos qual é o estoque atual".