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Preço do álcool pode levar 120 dias para se normalizar

Agência Brasil
05 jan 2010 às 19:32

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O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, afirmou nesta terça-feira (5) que o mercado de etanol, que tem enfrentado problemas de abastecimento em alguns estados, deve levar de 90 a 120 dias para ser normalizado. Até lá, na maioria dos estados brasileiros, a gasolina deve continuar sendo vantajosa para quem tem veículos flex.

Stephanes disse que o problema foi causado pelo excesso de chuvas no período de colheita, que obrigou os produtores a deixar mais de 60 milhões de toneladas de cana sem cortar. Ele ressaltou, entretanto, que apesar da adversidade climática séria, os consumidores deverão observar a regularização dos preços do etanol nas bombas de combustível no prazo de até quatro meses.

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"Há uma preocupação muito grande de que nós temos um cliente que comprou um veículo flex esperando usar álcool, porque lhe daria vantagens monetárias. Então, é claro que a indústria produtora de álcool tem que ter essa consciência de que o mercado dela é o interno e precisa ser abastecido", afirmou.

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Para reverter a situação de pouca oferta, que eleva o preço do etanol, o ministro informou que 60 usinas estão moendo cana, mesmo em período de entressafra, e que 160 anteciparão para março a moagem, que normalmente se inicia em abril

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Stephanes voltou a descartar que a escassez de etanol tenha alguma relação com os preços recordes registrados no mercado internacional de açúcar, o que estaria levando a uma migração das usinas em relação a seu produto final. "O aumento na produção de açúcar foi de apenas 4% em relação ao ano anterior, então, o grande impacto não foi o aumento, nem o preço do açúcar, até porque grande parte das usinas, principalmente as mais novas, não tem essa possibilidade de conversão."


De acordo com o ministro, o cenário é muito bom este ano para o setor sucroalcooleiro, incentivado pela pressão do mercado externo, causada pela ausência da Índia, principal concorrente do Brasil no mercado internacional, que teve forte queda na produção.

Para a colheita, a perspectiva é de safra recorde. "Esse excesso de chuvas, que prejudicou a colheita e até a qualidade da cana, por outro lado, beneficiou a produção deste ano, ou seja, as indicações são de que teremos uma safra muito boa", afirmou.


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