O presidente executivo do grupo Volkswagen, Martin Winterkorn, anunciou nesta quarta-feira (23) a sua demissão. Ele deixa o cargo depois que a Agência de Proteção do Meio Ambiente (EPA) dos Estados Unidos acusou a empresa de falsificar dados sobre emissões de gases poluentes em veículos a diesel.
"Estou chocado com os acontecimentos dos últimos dias. Acima de tudo, estou chocado que a má conduta em tal escala tenha sido possível no grupo Volkswagen", afirmou Martin Winterkorn em comunicado.
"A Volkswagen precisa de um novo começo. Eu estou limpando o caminho para este novo começo com a minha demissão", acrescentou.
Leia mais:
Um terço das famílias brasileiras sobreviveu com renda de até R$ 500 por mês em 2021, mostra FGV
Taxa de desemprego no Brasil cai para 9,8%, segundo IBGE
Termina nesta terça o prazo para entrega da declaração do Imposto de Renda
Número de inadimplentes de Londrina cai 14% em abril, segundo dados do SPC
Nesta quarta-feira, a Justiça alemã abriu uma investigação preliminar para apurar a falsificação de dados.
A Procuradoria-Geral alemã decidiu investigar a Volkswagen pelas "acusações de manipulação de emissões dos veículos a diesel", revelou hoje, em comunicado, o promotor de Brunswick, ao Norte da Alemanha.
O mesmo comunicado informa que, nesta fase, será feita coleta e avaliação de dados, bem como "de várias queixas" apresentadas contra o fabricante, desde o surgimento do escândalo.
A Agência de Proteção do Meio Ambiente dos Estados Unidos acusou a empresa, na sexta-feira (18), de falsifiar o desempenho dos motores em termos de emissões de gases poluentes por meio de um software incorporado no veículo.
Na terça-feira (22), a Volkswagen anunciou que mais de 11 milhões de carros a diesel em todo o mundo foram equipados com o tipo de motor que poderia distorcer os dados de emissões.