O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), a prévia da inflação oficial, subiu 0,85% em novembro. É o índice mais elevado desde 2010, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), quando foi registrado 0,86%.
No ano, o indicador chegou a 9,42% no ano, o maior no acumulado de janeiro a novembro desde 1996. Em 2014, em comparação ao mesmo período, a taxa era 5,63%.
Em relação aos últimos 12 meses, o índice chegou a 10,28%, acima da taxa dos 12 meses imediatamente anteriores (9,77%). "Desde novembro de 2003, com os 12 meses em 12,69%, não havia registro de taxa mais elevada. Em novembro de 2014 o IPCA-15 havia sido 0,38%", diz o IBGE.
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Combustíveis
O preço do combustível, com alta de 5,89% no mês, foi o que mais pressionou o IPCA-15 em novembro. O item responde por 35% do indicador.
"O consumidor passou a pagar 4,70% a mais pelo litro da gasolina, que exerceu impacto de 0,18 p.p. [ponto percentual] no índice, enquanto o etanol, que ficou 12,53% mais caro, exerceu 0,11 p.p.. O aumento da gasolina nas bombas, que acumula 6,48% nos meses de outubro e novembro, foi consequência dos 6% praticados ao nível das refinarias, reajuste em vigor desde o dia 30 de setembro", diz nota do IBGE.
Segundo o IBGE, os preços no grupo transporte também foram influenciados pelas tarifas de ônibus, com alta de 0,76%. Em Belo Horizonte, a variação foi de 5,77%, onde o reajuste de 9,68% passou a vigorar a partir de 25 de outubro; em Brasília, a variação chegou a 5,26%, onde as tarifas foram reajustadas em 33,34% em setembro. Em Fortaleza, a variação chegou a 2,92%, com reajuste de 14,58% em novembro.
Alimentos e Bebidas
O grupo Alimentação e Bebidas registrou alta de 1,05%, impactando também no resultado do índice. Os produtos comprados para consumo em casa aumentaram 1,35%. A alimentação fora de casa subiu 0,52%. De outubro a novembro, alguns dos alimentos e bebidas que tiveram alta de preços foram: tomate (15,23%), açúcar cristal (9,61%) e refinado (7,94%), arroz (4,10%), frango inteiro (3,96%), cerveja (3,35%), óleo de soja (2,84%), frutas (2,14%), carne (1,71%) e pão francês (1,03%).
Os mais baixos resultados de grupo foram em artigos de residência, com 0,07%, e educação, que ficou em 0,03%.
Os preços para o cálculo do IPCA-15 foram coletados entre os dias 15 de outubro e 12 de novembro de 2015 e comparados com os coletados de 15 de setembro a 14 de outubro de 2015. O indicador refere-se às famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, de Porto Alegre, Belo Horizonte, do Recife, de São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia é a mesma usada no IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.