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Plano para o futuro

Previdência Privada é uma das opções existentes no mercado para garantir uma aposentadoria melhor

Magaléa Mazziotti - Grupo Folha
14 out 2016 às 17:58

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- Shutterstock
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Garantir o mesmo padrão de vida ao se aposentar ou reunir um montante de recursos para pagar a faculdade dos filhos. Esses são alguns dos objetivos de quem adquire planos de Previdência Privada. Nos últimos meses, as notícias sobre a Reforma da Previdência Pública pretendida pelo governo de Michel Temer (PMDB) também passaram a ser um estímulo para os brasileiros procurarem os planos privados.

As incertezas em relação à proposta do governo que ainda não foi para o Congresso ajudaram a Previdência Privada crescer 13% no primeiro semestre deste ano, na comparação com o mesmo período de 2015 (ver quadro). A informação é da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi), que representa 70 seguradoras e entidades abertas de previdência complementar no Brasil.

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Os planos privados acumularam R$ 52 bilhões em montante contratado no primeiro semestre de 2016, contra R$ 46 bilhões entre janeiro e junho de 2015. A captação líquida (diferença entre depósitos e resgates) foi de R$ 25,6 bilhões neste ano, uma alta de 7,64% na comparação com os R$ 23,8 bilhões do ano anterior.

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No entanto, não é porque o governo pareça disposto a aprovar a reforma da Previdência Pública, unindo num mesmo sistema servidores públicos e trabalhadores celetistas, que se deva sair por aí adquirindo planos de previdência. Muitos especialistas inclusive acham que há produtos mais vantajosos para serem comprados com o mesmo objetivo.

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Para a professora de finanças do Instituto Educacional da BM&FBovespa e sócia da BSG Duo Prata Treinamentos, Betty Grobmann, é preciso ter clareza do que se quer. Ela lembra que, além de observar o histórico da rentabilidade do fundo no qual se pretende ingressar, é preciso verificar se o plano é mais conservador ou agressivo. Ou seja, saber quanto da rentabilidade estará atrelada à renda fixa, mais segura, e quanto estará à renda variável (ações), mais arriscada.


Também é preciso comparar as taxas cobradas (administração e carregamento), os prazos de carência atrelados às referidas taxas, bem como a maneira como se dará a incidência do imposto de renda (IR) a fim de evitar retirar uma quantia inferior à aplicação inicial.

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"Escolhendo um fundo em acordo com a dupla regulação exigida no Brasil, via Superintendência de Seguros Privados (Susep) e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que fiscalizam, o cotista tem que confiar no gestor da carteira a ponto de suportar os efeitos da marcação a mercado. Perde se realizar na baixa, que em um período longo vai acontecer porque a economia é cíclica", ensina Betty.


A forma como o investidor faz a declaração de seu imposto de renda é decisiva na hora de se escolher o produto, se um Plano Gerador de Benefícios Livres (PGBL) ou um Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL). "Para quem já contribui com a Previdência Social e adota o modelo completo de declaração, o PGBL abate até 12% da renda bruta anual, o que pode ser interessante. Mas é importante calcular se o quanto a pessoa está deixando de pagar agora vai compensar o que ela terá que pagar lá na frente. Normalmente quem adota isso, tem certeza que não irá retirar o valor antes do prazo e opta por uma tabela regressiva de imposto condicionada ao tempo em que o plano foi contratado", explica.

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O VGBL, por sua vez, pode ser uma boa opção para quem não contribui para a Previdência Social e não quer que a tributação incida sobre todo o capital, apenas sobre os rendimentos. O especialista em finanças e professor da FAE Centro Universitário, Amilton Dalledone, diz que, no caso de coparticipação da empresa na qual se trabalha, o PGBL pode ser vantajoso até mesmo para quem não tem certeza de que ficará até o final do contrato.


"É importante colocar tudo na ponta do lápis, mas de maneira geral, nos planos empresariais, como as taxas de administração e de carregamentos são divididas com a empresa, resta ao funcionário o ganhos do abatimento 12% no IR. Por esse alívio fiscal, muitas vezes vale a pena", destaca.


No caso de planos individuais, Dalledone é enfático em defender que a taxa de administração não pode passar de 1%. "Acho importante ter em mente que, com uma inflação superior a 8% ao ano, mais 4% entre taxa de administração, carregamento e imposto de renda, o fundo terá que apresentar um desempenho acima de 12% para compensar. Nesse aspecto a poupança se torna mais interessante, já que não incide IR, nem essas taxas", avalia.

Leia mais na edição desta sexta-feira da Folha de Londrina


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