A procuradoria da cidade de Braunschweig (no centro da Alemanha) anunciou nesta segunda-feira (28) que iniciou diligências contra o ex-presidente da Volkswagen Martin Winterkorn por crime de fraude, pela manipulação das emissões de gases poluentes.
"O objetivo das investigações é especialmente esclarecer as responsabilidades", assegurou, em um comunicado, o Departamento Central para Delitos Econômicos da Procuradoria de Braunschweig.
A investigação judicial foi aberta devido a várias denúncias contra o maior fabricante de veículos do mundo, indicou a procuradoria. Entre as denúncias, assegura o comunicado, encontra-se uma da própria Volkswagen, dirigida contra "desconhecidos".
Leia mais:
Um terço das famílias brasileiras sobreviveu com renda de até R$ 500 por mês em 2021, mostra FGV
Taxa de desemprego no Brasil cai para 9,8%, segundo IBGE
Termina nesta terça o prazo para entrega da declaração do Imposto de Renda
Número de inadimplentes de Londrina cai 14% em abril, segundo dados do SPC
A procuradoria de Braunschweig já havia indicado, na quarta-feira passada, que estudava iniciar diligências contra a Volkswagen, após a chegada das primeiras denúncias.
As denúncias, na maioria de cidadãos, foram apresentadas depois de terem sido divulgadas as investigações de autoridades norte-americanas, que revelaram a polêmica falsificação das medições de emissões de gases poluentes pela Volkswagen em milhões de veículos.
A investigação ocorre paralelamente a uma outra, aberta pelo Governo alemão, que na semana passada criou uma comissão no âmbito do Ministério dos Transportes para investigar o caso.
Winterkorn pediu demissão na quarta-feira passada, depois do grupo Volkswagen reconhecer que montou, em onze milhões de automóveis, um software que identifica quando o veículo está submetido a um teste para que então o motor emita menos gases poluentes e cumpra os limites legais.
Destes 11 milhões de veículos, cinco milhões são da marca Volkswagen e de outras marcas do grupo e cerca de 2,8 milhões foram vendidos na Alemanha.
O novo presidente do maior fabricante de automóveis do mundo, Matthias Müller, assegurou em carta enviada aos cerca de 600 mil empregados do grupo em todo o mundo que vai esclarecer completamente a questão da manipulação de emissões de gases poluentes.
O grupo também anunciou no sábado que prevê reparar, em breve e gratuitamente, a manipulação em todos os veículos atingidos, nos modelos a diesel comercializados ao longo de anos em vários países.