Confirmando tendência que vinha se verificando ao longo de todo o ano passado, a produção industrial brasileira fechou 2014 com queda de 3,2% nos 12 meses do ano. Os dados relativos à Pesquisa Industrial Mensal-Produção Física Brasil foram divulgados hoje (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os números mostram que, em relação a igual período do ano anterior, o setor industrial mostrou um perfil de retração disseminado de taxas negativas, alcançando as quatro grandes categorias econômicas, 20 dos 26 ramos, 60 dos 79 grupos e 63,9% dos 805 produtos pesquisados.
Entre os setores, o principal impacto negativo foi observado em veículos automotores, reboques e carrocerias (-16,8%). Outras contribuições negativas relevantes sobre o total nacional vieram dos setores de metalurgia (-7,4%), de produtos de metal (-9,8%), de máquinas e equipamentos (-5,9%), de outros produtos químicos (-3,6%) e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-7,2%).
Entre as seis atividades que ampliaram a produção, as principais influências foram observadas em indústrias extrativas (5,7%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (2,4%).
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Ainda segundo os dados do IBGE, entre as grandes categorias econômicas, o perfil dos resultados para o índice acumulado nos 12 meses de 2014 mostrou menor dinamismo para bens de capital (-9,6%) e bens de consumo duráveis (-9,2%).
O dinamismo dos bens de capital foi pressionado, especialmente, pela redução na fabricação de equipamentos de transporte – que chegou a cair 16,6% – e por automóveis, que registrou retração de (-14,6%).
Os segmentos de bens intermediários (-2,7%) e de bens de consumo semi e não duráveis (-0,3%) também assinalaram resultados negativos no índice acumulado no ano, mas ambos com queda menos intensa do que a observada na média nacional (-3,2%), informou o IBGE.