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Carnes e laticínios

Produtores cobram ajuste fiscal no Paraná

Redação Bonde
11 ago 2010 às 19:35

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Produtores de carne, aves, suínos e leite querem a revisão da legislação tributária para poderem manter a competitividade dos produtos paranaenses nos mercados nacional e internacional. A pauta de reivindicações foi entregue ao governador Orlando Pessuti nesta quarta-feira (11) por representantes da categoria. "O governo estudará medidas para restabelecer o equilíbrio e a competitividade do setor agroindustrial do Paraná em relação a outros mercados", afirmou.

Com a legislação vigente, os produtos de outros estados têm um custo menor do que os paranaenses, o que faz com que as empresas paranaenses percam a competitividade nos principais mercados consumidores do país. "Solicitamos ao governador medidas para adequar a legislação atual em relação à malha tributária do ICMS", disse o presidente do Sindicato da Indústria de Carnes do Paraná (Sindicarne), Péricles Pessoa Salazar.

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O estado de São Paulo é o maior consumidor dos produtos paranaenses, responsável por absorver cerca de 60% da produção. "Mas nossos consumidores de São Paulo não aceitam o crédito de ICMS que geramos para eles. Assim, ou eles não compram nossos produtos ou querem um desconto proveniente do crédito na nota", explica Salazar.

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O mesmo problema enfrenta a indústria de laticínios e derivados. "Do leite longa vida consumido no Paraná, apenas 24% é produzido aqui, enquanto 76% vêm de outros estados. Isso se deve à guerra tributária, que torna o produto paranaense menos vantajoso", explica o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Paraná, Wilson Thiesen. Segundo ele, outros estados, principalmente em São Paulo, têm feito mudanças frequentes na legislação, o que tem dificultado a comercialização da produção paranaense.

"Propomos um ajuste na legislação em relação à malha tributária do ICMS que contribua para gerar maior competitividade para as empresas do Paraná sem que se altere a arrecadação tributária do Estado", disse o presidente do Sindicarne, Péricles Pessoa Salazar (com AEN).


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