Cálculos da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) apontam que na safra 2006/2007 os agricultores, incluindo os médios e pequenos, vão deixar de investir R$ 1,5 bilhão no setor.
Segundo o superintendente técnico da CNA, Ricardo Cotta, o dinheiro que deveria ser usado como crédito e renda dos produtores será transferido às indústrias de agroquímicos. "Mais de quatro milhões de agricultores vão gastar mais porque não há competição nem novos produtos no mercado", reclamou.
Custos - As lideranças do agronegócio alegam que a falta de competição e a concentração das vendas em aproximadamente seis empresas aumenta em até 30% os custos de produção no campo.
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Para tentar cortar gastos, o setor já encaminhou ao Palácio do Planalto uma série de sugestões. Entre elas, novas regras para simplificar o registro de agrotóxicos genéricos no Brasil.
Atualmente, a autorização do governo para que um novo produto ingresse no mercado demora de quatro a seis anos, período em que os processos são analisados nos ministérios da Agricultura, Saúde e do Meio Ambiente antes da aprovação final. Rotina considerada cara e burocrática pelos representantes do setor.