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Rentabilidade

Produzidas em pequenas áreas e integradas a outras culturas, o cultivo de flores cresce no Paraná

Victor Lopes - Grupo Folha
16 out 2016 às 15:59

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- Ricardo Chicarelli
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O agricultor familiar paranaense sabe que a diversidade facilita a geração de renda. Em meio a esse "mar produtivo" de grãos que inunda o Estado, está o cultivo de flores em pequenas áreas integrados a diversas culturas. Oportunidade para faturar num mercado que cresce anualmente, atingido marca próxima a R$ 6 bilhões, de acordo com o Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor). A poucos menos de um mês do Dia de Finados, a expectativa cresce para algumas variedades cultivadas, principalmente as plantas de vaso.

A receita da floricultura paranaense segue um ritmo interessante na última década. De acordo com dados do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura (Seab), o valor chegou a R$ 151 milhões em 2015, crescimento de 31% comparado ao ano anterior. Entre 2005 e 2014, a receita do setor aumentou 89%.

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Em Marialva, no Noroeste do Estado, produtores optaram pelas rosas como alternativa de renda, integrando com soja ou em substituição à uva. Em Uniflor, na mesma região, são produzidos 64% dos crisântemos do Paraná. Em Maripá, no Oeste, cidade em que a piscicultura é a principal atividade, produtores passaram a plantar orquídeas. Ou seja, existe uma diversidade de opções entre as flores de corte, plantas em vasos e jardinagem, além do investimento em estufas, importante para a produtividade. Só na região Sul do País, são 2,2 mil produtores numa área de 2,7 mil hectares, totalizando 12,3 mil toneladas de flores anualmente.

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De acordo com o engenheiro agrônomo do Deral, Paulo Andrade, ainda há espaço para crescimento de consumo. "Há 15 anos, o consumo per capita era de R$ 10 por ano. Em alguns países esse índice chega a R$ 100 por ano", relata. Segundo a Ibraflor, o gasto médio por habitante atualmente é de R$ 26,6.

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O professor Centro Universitário Uningá e da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Arney Eduardo do Amaral Ecker, possui doutorado na área de plantas ornamentais e por cinco anos acompanhou in loco a produção dos Estados Unidos. "Estamos com uma ascensão de qualidade das flores no Paraná, mas ainda muito longe do mercado americano. A tecnologia que eles utilizam por lá está no mesmo patamar do que utilizamos na soja e milho aqui".


Segundo o especialista, o campo de trabalho ainda está bem aberto, com muitas áreas para serem exploradas, tanto produtores como técnicos. "Acompanhamos esses dias que o mercado de floricultura teve um aumento de 6% na comercialização. É preciso preparar os produtores para entregar um material de qualidade aos clientes, competindo principalmente com os de São Paulo".

Leia mais na edição deste fim de semana da Folha de Londrina


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