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Nas alturas

Profissionais de Londrina faturam com Pokémon Go

Simoni Saris - Grupo Folha
11 ago 2016 às 09:33

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- Reprodução
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Com a redução do consumo provocada pela crise econômica, a inovação pode ser a chave para atrair novos clientes. O lançamento do jogo de realidade aumentada Pokémon Go, lançado no Brasil na semana passada, fez muitos profissionais criarem serviços para ajudar quem quer sair pela cidade à caça de pokémons com segurança.

O taxista Guilherme de Almeida Prado Hill, de Londrina, viu no jogo uma oportunidade de renda extra e criou o Pokétaxi. O valor da corrida é cobrado conforme o taxímetro, mas segundo ele, em cerca de 15 minutos é possível percorrer entre dois e três quilômetros, passando por dez a 15 pokéstops, locais onde o jogador coleta itens que ajudam na evolução do personagem.

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O valor do trajeto varia de R$ 15 a R$ 20. "Como vi que no centro da cidade tem um monte de pokéstops, bolei uma rota para passar por estes pontos. Estou esperando os clientes."

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Em Cornélio Procópio (Norte), o serviço de caça a pokémons também tem ajudado o motorista Alex Fernando Rozeno a faturar mais. Ele trabalha como vendedor de gás pelas ruas da cidade e no tempo livre leva os jogadores no veículo que leva na porta o adesivo do Pikachu.

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O motorista cobra R$ 35 por hora de serviço, mas para grupos de três ou quatro pessoas, o preço cai para R$ 15 por pessoa. O trajeto, garante ele, inclui todos os pokéstops disponíveis na cidade. Em dois dias de trabalho, ele contabilizava quatro clientes.


Helicóptero

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Em Curitiba, a inovação foi ainda mais longe. A Sikorski Escola de Aviação Civil oferece a caça aérea a pokémons. O voo é de helicóptero e o roteiro quem decide é o caçador de monstrinhos, que paga R$ 450 por 35 minutos. Mesmo com o preço um pouco salgado o sócio-diretor da empresa, Maicon Carvalho, garante que o movimento está bom.


O serviço foi lançado no dia 5 e a divulgação foi feita por meio de vídeos publicados nas redes sociais. Desde então, a empresa tem agendado dois voos diários para caçadores de pokémons. "Além dos dois voos diários, ainda tem muitos curiosos que nos procuram para saber como funciona o serviço. Foi uma sacada porque a gente faz os voos na hora em que o helicóptero ficaria parado, o que é bom em tempos de crise, e o serviço acaba divulgando o nome da empresa, o que tem nos ajudado", disse Carvalho.

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A aeronave voa a uma altura de 500 pés, o que equivale a cerca de 170 metros. Antes de oferecer o serviço, a empresa fez um teste para saber a que altura seria possível voar sem perder o sinal da internet. "É um voo panorâmico. O piloto vai levando o passageiro. Quando aparecem os pokémons, o piloto paira para que o jogador consiga caçar. A vantagem é que evita os acidentes, como a gente tem visto acontecer, porque tem um piloto que está prestando atenção", destacou Carvalho.


O estudante Bruno Barros, de 21 anos, soube do serviço pelo Facebook e agendou um voo para segunda-feira (8) mesmo com medo de voar. "Com o helicóptero, eu consegui pegar pokémons que não conseguiria pegar se estivesse a pé ou de carro porque muitos estão dentro de condomínios, onde eu não teria acesso. Pedi para o piloto sobrevoar o condomínio Alphaville, em Quatro Barras (Região Metropolitana de Curitiba), e consegui pegar três ou quatro", disse ele, que já tem muitos pokémons em sua coleção.

Barros acredita que valeu a pena pagar pelo sobrevoo. Em 35 minutos em solo, ele calcula que conseguiria caçar "dois ou três" monstrinhos. Nas alturas, foram 11 pokémons capturados. "É igual a um álbum de figurinha. Se faltar algum pokémon, eu posso fazer mais um voo." Além de perder o medo de voar, o estudante até se interessou em fazer aulas de pilotagem. "O piloto me deixou bem seguro." (Colaborou Carol Santos)


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