O diretor geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Nelson Hubner, reiterou nesta quarta-feira que a intenção do governo é finalizar a proposta a respeito das concessões que vencem a partir de 2015 em até um mês e encaminhá-la ao Congresso Nacional.
Ele citou que a agência regulatória fez uma série de simulações que indicaram uma redução entre 3% e 12% na tarifa cobrada dos consumidores finais, dependendo da redução considerada nas tarifas de transmissão, de geração e também de encargos setoriais.
Ele evitou dar detalhes sobre as opções atualmente em análise, mas salientou que a proposta deverá favorecer a redução da tarifa das distribuidoras e comentou que isso pode levar alguns clientes livres a migrarem para o mercado regulado (atendido pelas distribuidoras). "Como há uma tendência de baixa do custo da energia no mercado regulado, onde o risco (de volatilidade nos preços da energia) é menor, a tendência é de migração", disse, salientando que essa se trata de uma opinião pessoal.
Leia mais:
Um terço das famílias brasileiras sobreviveu com renda de até R$ 500 por mês em 2021, mostra FGV
Taxa de desemprego no Brasil cai para 9,8%, segundo IBGE
Termina nesta terça o prazo para entrega da declaração do Imposto de Renda
Número de inadimplentes de Londrina cai 14% em abril, segundo dados do SPC
Questionado se os clientes livres não seriam beneficiados com uma parcela da energia proveniente das usinas que estão com concessões para vencer, e que portanto terão seu preço reduzido, Hubner disse que a intenção do governo é favorecer a redução da tarifa, "independente do consumidor". E destacou que com a recente escalada dos preços no mercado livre já tem havido uma tendência de retorno de clientes livres para o mercado cativo, especialmente daqueles com visão de mais curto prazo, que buscam se aproveitar dos preços spot. "Eles aproveitaram quando o PLD (preço de liquidação das diferenças, usado de base nas negociações de curto prazo) estava a R$ 20, mas agora, a R$ 200, tendem a voltar", comentou.