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Mercosul

Protecionismo argentino preocupa indústria brasileira

Redação Bonde
14 jan 2006 às 18:11

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A indústria brasileira está preocupada com as posições protecionistas dos argentinos. Além de forçar a renegociação das regras do comércio de veículos entre os dois países, a Argentina quer restringir, por meio da chamada Cláusula de Adaptação Competitiva (CAC), a entrada de produtos brasileiros que poderiam comprometer o processo de reindustrialização do país.

Para a economista da Unidade de Negociações Internacionais da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Lúcia Maduro, cotas e outros instrumentos de limitação do comércio são um retrocesso e não deveriam existir em uma união aduaneira. "A liberalização do comércio intrabloco é incompatível com este tipo de mecanismo", afirma.

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Quando foi constituído, em 1991, o Mercado Comum do Sul (Mercosul) tinha por objetivo a redução gradativa das barreiras alfandegárias até o estabelecimento de um mercado comum, com livre trânsito de mercadorias e pessoas – o que deveria ocorrer em 10 anos. Mas as assimetrias dos sócios do blobo – Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai – ainda impedem que o bloco se transforme numa área de livre comércio.

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Lucia Maduro lembra que o protecionismo argentino não é novidade e voltou à tona com a reindustrialização do país. No final da década de 90, por exemplo, a Argentina fixou preço mínimo para o aço brasileiro, exigiu certificados de qualidade para produtos eletroeletrônicos, dificultou a entrada de calçados, de carne de frango e suína, e aumentou a burocracia nas importações.


Nos últimos anos, as restrições ao livre comércio vinham sendo tratadas setorialmente, com negociações diretas entre indústrias brasileiras e argentinas. Isso acontece, por exemplo, nos segmentos de eletrodomésticos (linha branca), têxteis, papel e celulose e calçados. Nesses casos, em regra, a indústria brasileira aceita fixar uma cota máxima para as vendas para a Argentina.

Agência Brasil


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