A próxima colheita de soja no país, prevista para o início do próximo ano, deverá ser maior do que a deste ano, apesar da redução da área plantada. A previsão é do pesquisador Lúcio Alves, do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) de Piracicaba (SP).
Ele explicou que, apesar de parte dos produtores, especialmente da Região Centro-Oeste, terem reservado mais espaço neste ano para as culturas de milho e arroz, a volta do fenômeno El Niño, com previsão de chuvas acentuadas para o Sul e o Sudeste do país, vai permitir melhor desenvolvimento da cultura do que o registrado neste ano.
Segundo Alves, a soja é colhida 120 dias depois do plantio. Ele disse que as perdas ocorridas na última safra decorreram da ausência de chuvas nas regiões produtoras. Além disso, o produtor deparou com preços que não cobriam adequadamente os gastos com a lavoura, mas desta vez haverá redução de custos, além da tendência de melhores preços no mercado internacional.
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Alves acredita que a próxima safra não vai dar prejuízo, embora não seja suficiente para cobrir o déficit dos anos anteriores. A produção mundial de soja é de 225 milhões de toneladas. Os Estados Unidos são responsáveis por safra de 87 milhões de toneladas, e o Brasil deverá colher em torno de 55 milhões de toneladas, informou Alves.
A soja é utilizada para produção do óleo comestível mais vendido no mundo, além de render outros produtos, como leite e pastas.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) prevê produção de 55,23 milhões de toneladas (5% a mais do que em 2006) na próxima safra, enquanto a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima em 54,3 milhões de toneladas. Em 2005 foram colhidas no país 51,4 milhões de toneladas de soja.
Agência Brasil