O diretor de Rodovias, Ferrovias e Hidrovias do Ministério do Planejamento, Felipe Borim Villen, afirmou que o próximo leilão rodoviário deste ano deve ser o das BR-476, BR-153, BR-282 e BR-480, entre Paraná e Santa Catarina. Dos quatro leilões previstos ainda para 2015, o processo de concessão desse trecho, de 460 quilômetros, é o mais adiantado.
"Vamos abrir a agência que vai analisar os projetos nas próximas semanas. Estamos fazendo os ajustes finais", afirmou Villen, em evento sobre infraestrutura na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). "Todos os projetos foram feitos por meio de PMI (Procedimento de Manifestação de Interesse) e já foram entregues." O valor de investimento estimado para o trecho é de R$ 4,5 bilhões e o objetivo é escoar a produção de grãos, aves e suínos pelos portos do Arco Sul.
O governo previa cinco leilões de rodovias em 2015, que cobrem 2,6 mil quilômetros de estradas em sete Estados, e o primeiro - da Ponte Rio-Niterói - já ocorreu em maio. Além da ponte e do trecho entre Paraná e Santa Catarina, que deve ser o próximo da fila, na previsão do governo também serão concedidos este ano trechos das BRs 163 e 230, que ligam Sinop (MT) e Porto de Miritituba (PA); da BR-364 (GO-MG), que liga Jataí (GO) ao entroncamento com a BR-153; e das BRs 364 e 060 (MT e GO), que liga Rondonópolis (MT) a Goiânia (GO).
Leia mais:
Um terço das famílias brasileiras sobreviveu com renda de até R$ 500 por mês em 2021, mostra FGV
Taxa de desemprego no Brasil cai para 9,8%, segundo IBGE
Termina nesta terça o prazo para entrega da declaração do Imposto de Renda
Número de inadimplentes de Londrina cai 14% em abril, segundo dados do SPC
Segundo Villen, todos os PMIs para os outros 11 leilões previstos para 2016 foram abertos em 10 de junho, com prazo de 180 dias. "Pretendemos ter os estudos até o início do ano que vem para começar a analisar", disse.
Em relação aos investimentos em concessões existentes, Villen avaliou que o primeiro a sair do papel deve ser a duplicação da Serra das Araras, na Via Dutra, concedida à CCR. "Esses projetos podem sair do papel rapidamente, este ano ou no ano que vem. A maior parte dos projetos está em elaboração e a análise foi feita em conjunto com as concessionárias", afirmou.