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Inadimplência

Quase metade dos brasileiros endividados é da classe C

Redação Bonde
04 set 2013 às 08:24

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Quase a metade dos brasileiros que estão endividados faz parte da classe C. É o que afirma a última pesquisa divulgada pelo SPC sobre o índice mensal de inadimplência no país. A pesquisa revela também que além de pertencer à classe C, ser autônomo, ter gasto fixo com aluguel e possuir baixa escolaridade são algumas das características dos consumidos inadimplentes.

"A classe C está com seu poder de consumo comprometido, por conta do recente aumento no número de parcelamentos nas compras e a falta de um planejamento familiar mais afinado", avalia o gestor-presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Curitiba, André Luiz Pellizzaro.

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Segundo os dados da pesquisa, as dívidas entre as classes mais baixas são resultantes dos juros dos cartões de crédito (46%) e dos empréstimos bancários (40%). "O nível de endividamento destas pessoas chega a ser de até cinco vezes o orçamento familiar, algo que varia de R$ 1 mil a R$ 5 mil", analisa Pellizzaro.

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De acordo com Pellizzaro, um fator resultante deste momento econômico se dá pelo fácil acesso que estas famílias tiveram no passado recente para a aquisição de financiamentos. "O brasileiro ainda não tem a cultura do planejamento financeiro", pondera. A pesquisa aponta que 38% dos entrevistados afirmaram que a falta de organização com os gastos gerou a inadimplência.


Relativo às demais classes sociais, há um dado interessante apontado pelo levantamento. "Como a classe A e a classe E fazem suas compras com dinheiro, à primeira por ter mais recursos e a outra pelo difícil acesso aos empréstimos, o índice de endividamento nestas classes fica em torno dos 3%", explica o economista do SPC Curitiba, André Soares.

Dicas – Soares salienta que algumas regras simples podem evitar o superendividamento, como, por exemplo, não ultrapassar 30% do orçamento familiar com as compras parceladas e ficar atento às contas do dia a dia. "O importante é sempre ter em mente que pode ocorrer algum imprevisto, por isso não é saudável comprometer substancialmente o orçamento", afirma. "Também devemos ficar atentos e só realizar outras compras parceladas ao quitarmos a que está pendente", adverte.


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