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Desvalorização

Queda do dólar no 2º trimestre é a maior desde 1999

Agência Estado
07 jul 2009 às 08:54

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Há fatores específicos na economia brasileira que ajudam na valorização do real, como o aumento das exportações e dos preços das matérias-primas - Reprodução
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O dólar registrou no segundo trimestre de 2009 a maior desvalorização ante o real desde o início do regime de câmbio flutuante no Brasil, em 1999. Segundo dados da consultoria Economática, a cotação da moeda norte-americana caiu 15,7% entre abril e junho deste ano.

Os dados se referem à cotação de venda para a Ptax, taxa média das cotações ponderada pelo Banco Central (BC). Em 1º de abril, a moeda era cotada por R$ 2,2899. No pregão de terça-feira (dia 30 de junho), fechou em R$ 1,9516. A maior desvalorização antes deste trimestre havia sido no segundo trimestre de 2003, quando o dólar caiu 14,35% no período.

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Ontem, o dólar voltou a cair e a taxa Ptax terminou o dia em R$ 1,9342, com desvalorização de 0,89%. O dólar comercial à vista caiu 1,78%, cotado por R$ 1,929. No 1º semestre deste ano, a Ptax registrou desvalorização de 16,49%, a terceira maior queda anual desde 1999, perdendo apenas para os anos de 2003 (18,23%) e 2007 (17,15%).

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Segundo o sócio-diretor da consultoria BMI BankRisk Management, Antônio Dirceu Miranda, o dólar vem se desvalorizando em todo o mundo, como consequência da política monetária do governo norte-americano, que é uma política de alto endividamento. "O dólar está caindo porque houve muita emissão nos últimos anos, seja em forma de dívida, seja em forma de moeda."


Também há fatores específicos na economia brasileira que ajudam na valorização do real, entre eles o aumento das exportações e dos preços das matérias-primas (commodities), que vem puxando para cima o saldo da balança comercial. Dados divulgados ontem mostram que o saldo comercial brasileiro em junho ficou em US$ 4,625 bilhões, o maior desde dezembro de 2006.

Além disso, o fluxo de dólares para o Brasil reverteu a tendência de queda a partir de março, como resultado do saldo positivo na balança e da retomada de investimentos no mercado brasileiro, principalmente em ações. Com a entrada maior de dólares no País, a oferta da moeda aumenta no mercado e a tendência da taxa de câmbio é cair.


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