A crise econômica enfrentada pelo País refletiu na queda de empregos em Londrina. De acordo com dados divulgados pelo Cadastro de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a cidade gerou apenas 282 novos postos de trabalho em março: foram registradas 9.740 admissões e 9.458 demissões no mês passado. "A recessão começou a influenciar no mercado de trabalho londrinense. A inflação está alta, os empresários estão com receio de contratar mais funcionários. É uma dificuldade enfrentada não só pelo londrinense, mas por todo e qualquer trabalhador brasileiro", argumentou a secretária municipal do Trabalho, Kátia Marcos Gomes.
Se o saldo de março for comparado ao registrado em fevereiro, o número de novos empregos gerados foi seis vezes menor. Enquanto o saldo do mês passado foi de 282, o de fevereiro foi de 1.799 novos postos. No segundo mês de 2013, foram admitidos 10.276 trabalhadores, mas demitidos outros 8.477. Já em janeiro, o saldo foi de 1.281 empregos, com 9.477 admissões e 8.196 desligamentos. "A crise está presente no Brasil desde o início do ano e Londrina teve sorte de começar a ser afetada só agora", destacou a secretária.
Kátia Gomes disse que a cidade conseguiu manter os resultados positivos por causa da abertura de novas empresas. "No início do ano tivemos a abertura de Londrina Norte Shopping. Empresas como a Atos também vieram para a cidade e ajudaram a empregar ainda mais gente", justificou.
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A somatória dos saldos registrados por segmentos nos três primeiros deste ano ajudam a comprovar a justificativa da secretaria. Em janeiro, fevereiro e março de 2013 Londrina gerou 2.655 empregos no setor de serviços; 394 na construção civil; 328 na agropecuária; e saldo negativo de 303 no comércio. "O número negativo se deve à demissão dos funcionários temporários, contratados em dezembro, para o período aquecido de vendas."
A alta geração de empregos no início do ano ajudou 2013 e registrar mais da metade do número de empregos gerados em todo o ano passado. O salto de todo o ano de 2012 foi de 5.453 postos. O de 2013, por sua vez, já está em 3.417. A média deste ano é quase o triplo se comparada à do ano passado. "Isso refletiu até no nosso atendimento. Nos 12 meses de 2012, a Agência do Trabalhador atendeu mais de 15 mil pessoas. Até agora, no ano, já foram realizados mais de sete mil atendimentos", exemplificou a secretária.