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Crescimento

Redes de livrarias vivem período de expansão

Agência Estado
10 jul 2009 às 20:50

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- Reprodução
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A despeito dos efeitos da crise em diversos setores do varejo, as redes de livrarias atravessam um período de expansão. A disseminação da fórmula das megalojas, que não ficam restritas à venda de livros, e o fato de o consumo dos produtos estar mais ligado à renda que ao crédito foram alguns dos fatores que permitiram a boa performance do segmento.

De acordo com dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do IBGE, a expansão no segmento de livrarias foi de 9,4% no primeiro quadrimestre do ano, quando comparado a igual período de 2008, O resultado é quase o dobro do observado no indicador geral entre janeiro e abril deste ano, que cresceu 4,5%.

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Na rede de livrarias Saraiva, o crescimento das vendas de livros e artigos ligados à música (CDs e DVDs) surpreendeu a direção da rede. "No primeiro trimestre, tivemos uma expansão maior que a planejada no final de 2008 para estes produtos. Em compensação, a procura por itens eletrônicos, oferecidos apenas pelo site, ficou abaixo das expectativas", observa o diretor Financeiro e de Relação com Investidores do grupo. João Luís Hopp. Ele conta que, comparando-se apenas as vendas feitas em lojas já existentes no primeiro trimestre do ano passado, o crescimento da receita alcançou 11,6% entre janeiro e março deste ano. "Os livros têm sido o grande destaque. Percebemos uma migração de gastos. Em época de incertezas, os clientes estão preferindo produtos de tíquete médio mais baixo, neste contexto, as livrarias estão sendo beneficiadas", avalia ele.

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Mais uma evidência de que a expansão das vendas da rede foi impulsionada pelos produtos editoriais, diz o diretor, está no gasto médio nas lojas físicas, mas voltada para livros, se manteve em R$ 65 no primeiro trimestre do ano em relação a 2008. Já na loja virtual, com forte presença de eletrônicos, o tíquete médio caiu de R$ 165 para R$ 132 em igual comparação.

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Para Nilo Lopes, técnico da PMC do IBGE, este comportamento pode ser explicado pelo crescimento da renda das famílias. "O grande impacto negativo sentido pelo varejo teve como origem a redução na concessão de crédito. No caso de livros, CDs, e artigos de informática, o consumo está ligado a renda", diz ele.


A diversificação dos produtos ofertados, lembra ele, também colaborou para o aumento nas vendas. "Foi-se o tempo que as livrarias tinham características de vendas sazonais, ligadas a material escolar. Hoje, boa parte das livrarias vende material de informática, que tem sido um dos segmentos de destaques em nossa Pesquisa Mensal de Comércio", acrescenta ele.

A expansão nas vendas, no entanto, também é detectada nas redes que não trabalham com material de informática. Este é o caso da livraria carioca Letras & Expressões. "Nestes primeiros seis meses do ano, as vendas cresceram 10%", diz ele, acrescentando que as o comércio ganhou mais força a partir de fevereiro.


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