O redesenho das rotas brasileiras, que a partir do final do ano vai possibilitar às empresas aéreas reduzir o tempo de voo e economizar combustível, pode resultar em barateamento das passagens para a população, na avaliação do brigadeiro-do-ar José Alves Candez Neto, chefe do Subdepartamento de Operações (SDOP) do Departamento de Controle do Espaço Aéreo.
Ele apresentou nesta quarta-feira (11) - durante o terceiro painel do ciclo de debates promovido pela Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) para discutir o gerenciamento, a modernização, ampliação e problemas da aviação civil - novo sistema de orientação usado pelas aeronaves no Brasil, chamado de Navegação Baseada em Performance (PBN, na sigla em inglês).
As operações com o PBN foram iniciadas em 2010 e têm sido ampliadas desde então. A expectativa é que, a partir de dezembro deste ano, o procedimento comece a funcionar nos deslocamentos entre os principais aeroportos de São Paulo (Cumbica, Congonhas e Viracopos) e do Rio de Janeiro (Santos Dumont e Galeão).
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Com o novo sistema, as aeronaves vão poder voar guiadas por satélite e não mais por linhas de radares instalados no solo, o que muitas vezes obriga a fazer curvas que deixam a viagem mais longa.
"É como se tivéssemos um túnel em que o avião está voando. A navegação baseada em performance reduz o consumo de combustível e o ruído dos voos", assinalou.
Também participaram da audiência pública o diretor de Operações de Aeronaves da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Carlos Eduardo Pellegrino, e o gerente de Comunicações e Relações Institucionais do Aeroporto Internacional de São Paulo, Carlos Eduardo Fernandez Silveira.
Requerimento
A CI aprovou, após a audiência pública, requerimento de pedido de informações ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, a respeito do impacto fiscal gerado pelas desonerações previstas pelo Projeto de Lei do Senado (PLS) 167/2013, do senador Wilder Morais (DEM-GO). O projeto reduz as alíquotas de tributos incidentes em painéis fotovoltaicos – que convertem a energia solar em eletricidade – e busca incentivar o uso de energias renováveis. O requerimento é de autoria do senador Blairo Maggi (PR-MT), relator da proposta na comissão.