A relação entre o preço do etanol e o da gasolina voltou a diminuir na terceira semana de junho ante a anterior, na capital paulista, fechando no menor patamar dos últimos cinco anos. O resultado foi de 60,89% na terceira semana do mês, após 62,97% na segunda. Em igual período de 2010, essa equivalência havia ficado em 51,41%. Os números foram divulgados nesta quinta-feira, 25, pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
O coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fipe, André Chagas, ressaltou que os preços do etanol seguem favorecendo essa relação. Na terceira quadrissemana (últimos 30 dias terminados na segunda-feira, dia 22), o álcool combustível reforçou o ritmo de queda, ao cair 2,22%, na comparação com recuo de 1,97% na segunda medição. Já a gasolina, disse Chagas, "de quebra" também cedeu, ao apresentar variação negativa de 0,33%, ante baixa de 0,45% na segunda leitura de junho.
O grupo Transportes, do qual os itens fazem parte, teve inflação de 0,09% na terceira quadrissemana, em relação à alta de 0,24% anteriormente. O IPC-Fipe, por sua vez, manteve-se em 0,54%. O resultado veio maior que a mediana de 0,51% da pesquisa do AE Projeções. O piso mostrava inflação de 0,47%, enquanto o teto era de 0,55%.
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Para especialistas, o uso do etanol deixa de ser vantajoso em relação à gasolina quando o preço do derivado da cana-de-açúcar representa mais de 70% do valor da gasolina. A vantagem é calculada considerando que o poder calorífico do etanol é de 70% do poder da gasolina. Com a relação entre 70% e 70,5%, é considerada indiferente a utilização de gasolina ou etanol no tanque.