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Brasil atrativo

Repatriação de multinacionais brasileiras dispara

Agência Estado
18 jul 2011 às 09:43

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As multinacionais brasileiras estão enviando recursos maciçamente das filiais para as matrizes, acompanhando o movimento geral de atração de capitais pelo Brasil em razão das altas taxas de juros e das oportunidades de investimento no País. De janeiro a maio, os empréstimos intercompanhia de filiais de multinacionais brasileiras para matrizes atingiram US$ 16,5 bilhões, mais de cinco vezes o registrado em igual período de 2010, e mais do que em todo o ano passado, quando somaram US$ 15,3 bilhões.

Hoje as multinacionais brasileiras estão enviando mais recursos para o Brasil do que investindo no exterior. De janeiro a maio, as participações de capital - isto é, o investimento direto em aquisições de empresas, ou de parte delas - ficaram em US$ 6,2 bilhões. Em termos de investimento direto brasileiro no exterior, portanto, que inclui os empréstimos intercompanhias, houve repatriação líquida de capitais de US$ 10,3 bilhões nos primeiros cinco meses do ano.

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Assim, apesar do propalado objetivo do governo de promover a internacionalização dos grandes grupos nacionais, inclusive com o apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), as multinacionais brasileiras desinvestiram no exterior de janeiro a maio de 2011 - ao menos, a julgar pelos números do balanço de pagamentos. Em 2010, houve um investimento líquido de empresas brasileiras no exterior de US$ 11,5 bilhões.

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Arbitragem


"É claro que é arbitragem de juros", comentou o diretor de um banco brasileiro, com passagem pela equipe econômica, para explicar o salto nos empréstimos intercompanhias das filiais de empresas brasileiras no exterior para as matrizes. Ele se refere ao fato de que, hoje, a taxa de juros americana está próxima de zero, até um ano, e em menos de 3% para dez anos, enquanto a remuneração no Brasil é acima de 12%. Assim, empresas brasileiras com operações no exterior ganham ao trazer recursos de fora do País para serem aplicados no mercado financeiro nacional.

Uma fonte da atual equipe econômica, no entanto, acha que a causa principal é a crise nos países ricos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


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