O Paraná deve crescer 4% este ano, acima dos 2,5% esperados para a economia brasileira, disse o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), a um grupo de investidores estrangeiros em uma palestra na sede do banco JPMorgan nesta terça-feira (5), em Nova York.
Em sua palestra, o governador afirmou que o Brasil tornou-se muito dependente das exportações de commodities, especialmente soja e minério de ferro, e vem sofrendo a ameaça de um "precoce encolhimento industrial". Para Richa, o País não aproveita todo o potencial de sua indústria para acelerar o desenvolvimento econômico.
Aos investidores, Richa afirmou na sua apresentação que adotou medidas em seu governo no Paraná para "descolar" o Estado de certas tendências nacionais e investiu na indústria. "O Paraná vive o mais importante ciclo de industrialização de sua história", disse. Entre as medidas para estimular investimentos, ele citou a redução de impostos para micro e pequenas empresas e a diminuição da carga tributária sobre informática e automação, além de oferecer uma série de incentivos fiscais "permitidos por lei".
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Na sua apresentação, ele citou os investimentos que estão sendo feitos por empresas privadas no Estado, como a Klabin, e montadoras, como Renault e Audi. Também mencionou a estatal de energia elétrica, Copel, que vai investir US$ 2 bilhões para ampliar a geração e transmissão de energia nos próximos dois anos. Esses investimento, disse Richa, têm contribuído para o Produto Interno Bruto (PIB) do Paraná crescer mais que a média nacional. Richa falou em uma palestra na sede do banco JPMorgan em Nova York, em evento organizado pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos e que teve inscrições esgotadas.